Interlocuções entre a prática de restauração de Luís Saia e as teorias de restauro: São Paulo, 1937-1975

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ferreira, Camila Corsi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-01022016-164232/
Resumo: Esta pesquisa trata da preservação do patrimônio arquitetônico dos períodos colonial e do café, dentro do contexto da prática de restauração arquitetônica empreendida pelo arquiteto Luís Saia durante sua atuação no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). No exercício das atividades como chefe da regional paulista, Saia foi um dos personagens fundamentais para a prática da preservação no Brasil através da introdução de procedimentos de restauro, especialmente entre os anos de 1937 e 1975. Esta foi uma atividade precursora no país, uma vez que não havia referências anteriores no campo da restauração arquitetônica. No bojo das discussões sobre os parâmetros para a realização efetiva das práticas de preservação, a realização de uma releitura crítica das intervenções realizadas nos permite verificar a existência de referências a textos teóricos da restauração, como a Carta de Atenas (1931) e a Carta de Veneza (1964), apontando indícios de que sua atuação prática tenha encontrado respaldo nas cartas patrimoniais. Nessa perspectiva, este trabalho avalia a presença de possíveis diálogos entre as teorias de restauro europeias, que serviram de base para a elaboração das cartas patrimoniais, e as intervenções de restauração empreendidas pelo arquiteto. Para tanto, buscou-se analisar seis obras emblemáticas, a fim de verificar uma provável fundamentação teórica que as conceituasse, formulada ou não preliminarmente àquelas obras, e em que medida foram orientadas por preceitos teóricos europeus de restauro, sobretudo italianos.