Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Cláudia dos Reis e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-26052010-090302/
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Resumo: |
Esta pesquisa tem por objetivo central aprofundar o debate a respeito das questões teóricas que deveriam guiar as ações práticas de intervenção que visam à preservação dos bens culturais no Brasil. Não se trata de discutir as formulações teóricas com finalidade em si mesmas, mas de refletir sobre a necessidade de um efetivo intercâmbio entre teoria e prática para que a preservação seja um fato concreto, tanto no que se refere a edificações isoladas quanto a conjuntos urbanos. Com esta finalidade, analisa a atuação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) ao longo de seus mais de setenta anos de trajetória, servindo-se de algumas intervenções em bens culturais que exemplificam as formas de aplicação (ou não) dos preceitos teóricos na prática preservacionista brasileira a qual exige restaurações fundamentadas para preservar os bens como documentos fidedignos que sirvam como efetivos suportes materiais da memória coletiva. No Brasil, após uma releitura crítica das intervenções feitas durante a chamada \"fase heróica\" do SPHAN, novos parâmetros são propostos no âmbito das práticas de preservação, principalmente no tocante ao que se entende por patrimônio, aos critérios de seleção para os tombamentos e à descentralização da tutela dos bens culturais; a memória e suas diferentes formas de manifestação e seus múltiplos suportes também são incorporados ao discurso preservacionista local. A par dessas novas discussões, verificam-se referências recorrentes a textos teóricos da restauração tais como a Carta de Veneza ou a Teoria da Restauração de Cesare Brandi , as quais, entretanto, denotam um conhecimento superficial, quando não equivocado, dos princípios estabelecidos naqueles escritos, permanecendo como regra nas intervenções o empirismo ou a negligência. Diante de tal quadro, a hipótese proposta para construção desta Tese é a da aplicabilidade das formulações teóricas da restauração à realidade brasileira atual, demonstrando os severos prejuízos a uma verdadeira ação preservacionista acarretados pela cisão entre teoria e prática no âmbito da restauração. |