Análise da expressão de genes ligados ao estresse de retículo endoplasmático em pacientes com síndrome de Sjögren

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cavalcanti, Graziela Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-23102023-105338/
Resumo: Introdução: O estresse do retículo endoplasmático (ERE) e a Resposta às Proteínas Mal Dobradas, ou UPR (Unfolded Protein Response), consistem num mecanismo adaptativo de resposta ao acúmulo de proteínas mal dobradas no Retículo Endoplasmático (RE) que regula a síntese e liberação de proteínas, preservando a função da célula em situação de alta demanda proteica. BIP é a principal chaperona envolvida no ERE, pois permanece ligado a PERK, IRE1α e ATF-6 numa condição de equilíbrio da célula. Porém no estado de ERE, BIP se dissocia dessas 3 proteínas, ativando a via da UPR. Doenças autoimunes estão associadas a um processo inflamatório crônico e ao estado de ERE; todavia pouco se sabe a respeito deste mecanismo na síndrome de Sjögren (SS). A SS ainda apresenta duas classificações, podendo ser primária (SS1), quando o paciente tem a condição isolada, ou secundária (SS2), quando o paciente apresenta SS associada a outras doenças autoimunes. Pacientes que possuem sintomas sugestivos de SS, mas não fecham os critérios diagnósticos, são classificados como síndrome Sicca. Nenhum estudo avaliou a condição do ERE e das 3 principais vias da UPR nos pacientes com SS diferenciando a expressão dos genes entre SS1 e SS2. Da mesma forma, nenhum estudo avaliou as diferenças entre SS e Sicca nas 3 principais vias da UPR. Objetivos: Avaliar a expressão de mRNA de genes relacionados ao ERE em pacientes com SS. Diferenciar a expressão do ERE na SS1 e SS2, entre SS e Sicca. Casuística e Métodos: Biópsias de glândula salivar menor foram coletadas em 45 pacientes com suspeita de SS e 13 controles saudáveis. As amostras foram submetidas à análise histopatológica para classificação diagnóstica e qPCR para avaliação da expressão do mRNA de PERK, XBP1, ATF-6, ATF-4, CANX, CALR, CHOP e BIP. Resultados: Vinte e nove pacientes classificados como SS apresentaram aumento da expressão de PERK, XBP1, CANX, CALR e BIP em detrimento do decréscimo de ATF-4, ATF-6 e CHOP. A SS1 evidenciou maior expressão de genes do ERE em número e grau que SS2 e Sicca. Conclusões: Os dados sugerem que existe ativação do ERE e da UPR na SS com diferenças entre SS1 e SS2, bem como diferença entre SS e Sicca, com maior expressão do ERE sobretudo nos pacientes com SS1.