Voz em pacientes com Síndrome de Sjögren

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marcom, Maria Cecília dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-11022020-155318/
Resumo: Objetivo: Comparar as medidas acústicas e aerodinâmicas durante a fonação e o impacto da voz na qualidade de vida de pacientes com Síndrome de Sjögren (SS) com indivíduos saudáveis. Metodologia: O estudo incluiu 19 mulheres com SS primária, 16 com SS secundária e 20 saudáveis. Foram realizados aplicação dos protocolos índice de Desvantagem Vocal (IDV), Escala de Sintomas Vocais (ESV) e Índice de Fadiga Vocal (IFV), coleta do fluxo salivar não estimulado, análises acústica e aerodinâmica da voz. Variáveis paramétricas foram analisadas estatisticamente pelo teste OneWay ANOVA e post hoc teste de Tukey; não paramétricas pelo teste Kruskall-Wallis e post hoc teste de Dunn; correlação entre variáveis realizada pelo teste de correlação de Spearman. Resultados: Aplicando os protocolos de qualidade de vida, para o IDV, os escores total (p=0,0002), emocional (p=0,0055), funcional (p=0,0133) e orgânico (p= <,0001) foram maiores no grupo SS2, assim como no ESV, com exceção do domínio emocional que não se alterou (p=0.07). Os valores obtidos com a aplicação do IFV também se mostraram maiores no grupo SS2. Analisando-se os parâmetros acústicos, nota-se que a frequência fundamental se manteve igual nos três grupos (p = 0,9429), mas, o Jitt (p = 0,0001), o Shim (p=0,0035) e o NHR (p=0,0302) eram maiores nos grupos SS. Outros parâmetros também foram diferentes entre os grupos (Jita, RAP, PPQ, Flo, PFR, sAPQ, vAm, sPPQ, vFo, APQ, DSH, DUV, NSH e NUV). Observando as medidas aerodinâmicas, para o protocolo CVP, o volume expiratório não se alterou entre os grupos (p=0,3335). No protocolo TMF, os parâmetros: máxima PSF (p=0,0159), mínima PSF (p=0,0230), média PSF (p=0,0184), Média de PSF durante vocalização (p=0,0181), Tempo de Fonação (p<,0001), VE (p=0,0299), foram diferentes entre os grupos. Da mesma maneira, os parâmetros: fluxo aéreo alvo (p=0,0223), pico de pressão aérea (p = 00481), pico do FAExp (p= 0,0427) e energia aerodinâmica (p=0,0375), também foram diferentes entre os grupos para o protocolo de eficiência vocal. Os domínios funcional (p=0,0324) do protocolo IDV, limitação (p=0,0271) do ESV e total (p=0,0341), fadiga (p=0,0182) e recuperação (p=0,0117) do IFV demonstraram correlação negativa com o fluxo salivar dos pacientes com SS. Notouse correlação negativa entre o fluxo salivar e o parâmetro acústico VTI (p=0,0253) e correlação positiva entre o fluxo salivar e três variáveis (mínima PSF, média da PSF e tempo de fonação) no protocolo TMF. Conclusão: Pacientes com SS apresentam impacto vocal negativo na qualidade de vida, piora dos parâmetros acústicos e pior desempenho aerodinâmico fonatório.