Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Santos, Angela Cristina Silva dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-12022008-132620/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A queda é um fenômeno complexo, altamente prevalente e de alto custo, podendo causar sérias conseqüências inclusive a morte. O idoso com fibrilação atrial se beneficia do uso de anticoagulante. No entanto, a ocorrência de quedas pode restringe o seu uso. Este trabalho objetivou analisar a associação entre a ocorrência de queda e as variáveis obtidas na avaliação clínica e multifatorial em idosos com fibrilação atrial; verificar a freqüência, características e conseqüências das quedas. MÉTODOS: Neste estudo transversal, foram avaliados 107 idosos com 60 anos ou mais com fibrilação atrial crônica do ambulatório de cardiogeriatria do InCor-HCFMUSP. Os participantes foram divididos em dois grupos: (1) sem história de queda no último ano e (2) com história de um ou mais episódios de queda no último ano. Foram submetidos à avaliação que incluiu: dados sóciodemográficos; história da quedas; suas características e conseqüências; questionários de qualidade de vida (BOMFAQ); de nível funcional (HAQ); de risco nutricional (Guigoz); da função psico-cognitiva (Prime MD, Mini-Mental); avaliação do equilíbrio e da mobilidade (escala de Berg, POMA, Timed up & go); avaliação neurológica e de força muscular; avaliação da acuidade visual (tabela de Snellen e teste de Donders) e avaliação auditiva. Todos os dados foram submetidos à análise estatística com teste qui-quadrado ou teste de verossimilhança ou teste exato de Fisher. As médias das variáveis quantitativas foram comparadas com teste t-Student ou teste da soma de postos de Wilcoxon. Os valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. As variáveis significantes na análise univariada foram utilizadas no ajuste do modelo de regressão logística, determinando sensibilidade, especificidade e probabilidade estimada de queda. Resultados: 1) 51,4% (55 idosos) caíram ao menos uma vez no último ano, sendo que as quedas resultaram em lesões corporais em 90% dos casos, 2) não houve diferenças entre os grupos com respeito à idade, sexo, índice de massa corporal, hábitos, riscos nutricionais e atividade física, 2) houve relação significante entre a ocorrência de queda com: a presença de sintomas, como cansaço; o uso de amiodarona; diagnóstico de insuficiência cardíaca CF III e de diabete melito; força muscular; o BOMFAQ (dificuldade de manter o equilíbrio); deficiência auditiva e visual e a escala equilíbrio da POMA A regressão logística das variáveis significantes positivas mostrou as seguintes variáveis independentes: uso de amiodarona, diagnóstico de diabete melito e a queixa de dificuldade de manter equilíbrio no BOMFAQ. O conjunto apresentou sensibilidade de 92,9% e especificidade 44,9%, a razão de chance foi de 5,95 e razão de verossimilhança positivo foi de 5.0. Conclusão:Em um grupo de idosos com FAC capaz de freqüentar ambulatório e relativamente independente, muitos fatores de risco de quedas foram identificados, sendo preditores independentes deste risco, a simples referência de dificuldade em manter o equilíbrio, o diagnóstico de diabete melito e o uso de amiodarona; A ocorrência de quedas com recorrências e conseqüências foi elevada. Nesses pacientes, o questionamento sobre a ocorrência de quedas no último ano e a avaliação do risco de quedas é fundamental diante da decisão em indicar a anticoagulação. |