Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Creuza Macedo Goes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-12112024-171955/
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Resumo: |
A Fibrilação Atrial (FA) é a arritmia cardíaca mais prevalente com significante morbidade e mortalidade. Recentes evidências apontam que a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) está associada com maior ocorrência e recorrência da FA. No entanto, não sabemos a real prevalência de AOS em pacientes com FA Paroxística (FAP) e não está claro se a AOS está associada com mais episódios de FAP durante o sono do que pacientes sem AOS. O objetivo primário deste estudo foi o de avaliar se a presença da AOS está associada com um padrão distinto de ocorrência de episódios de FAP ao longo das 24 horas. Como objetivos secundários, avaliamos a frequência e o potencial subdiagnóstico da AOS em pacientes com FAP. Recrutamos pacientes consecutivos que realizaram a monitorização eletrocardiográfica de 24h (Holter) e mostraram pelo menos um episódio de FAP nas 24 horas. Independente de sinais e sintomas relacionados ao sono e de dados do Holter 24h, todos os pacientes foram convidados a realizar uma avaliação clínica que incluía dados demográficos, história clínica e exame físico. Para a avaliação da presença de AOS, realizamos a monitorização portátil usando o aparelho validado WatchPATTM. A AOS foi definida por um índice de apneia e hipopneia 15 eventos por hora. Estudamos 105 pacientes (idade média: 64 ± 9 anos, 57% homens, índice de massa corpórea: 27 ± 4Kg/m2). Sessenta pacientes (57%) tinham AOS. Após excluir 3 pacientes com diagnóstico prévio de AOS (já em tratamento específico), os pacientes incluídos para a análise final apresentaram 339 episódios de FAP (um terço desses episódios ocorreu à noite entre 22 e 6 horas). Houve uma associação significativa entre AOS e maior risco de episódios noturnos de FA (OR: 1,78, IC 95% 1,12 2,83, p=0,014). A distribuição dos episódios ao longo das 24h mostrou que pacientes com AOS têm mais episódios de FA entre 22h e 4h em relação aos pacientes sem AOS (AOS: 10 [7,5-11]; sem AOS: 2 (3,5 - 5), p=0,037), indicando um padrão circadiano alterado. Em conclusão, a AOS é comum, subdiagnosticada e está associada a uma carga maior de episódios de FAP durante o período noturno em relação aos pacientes sem esse importante distúrbio do sono |