Reprodutibilidade no diagnóstico de fraturas vertebrais osteoporótica x neoplásica seguindo instrumento específico para diferenciação entre tais fraturas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Abdala, Eduardo Henrique Chiovato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-18082020-222153/
Resumo: A fratura não traumática na coluna no idoso tem como etiologias principais a metástase e a osteoporose. A diferenciação destes diagnósticos na fase aguda pode ser difícil de ser realizado mesmo com médicos experientes. Recentemente foi criado um escore chamado META baseado na ressonância magnética (RM) para diferenciação entre fratura vertebral benigna (FVB) e fratura vertebral maligna (FVM) com excelente correlação interobservador e acurácia pelos autores. Porém o escore foi avaliado por médicos independentes apresentando um resultado diferente dos criadores do META. O presente estudo visa avaliar se este escore tem uma boa concordância entre os examinadores e se o mesmo pode ser usado como ferramenta para diferenciação entre FVB e FVM. Foi realizado um estudo observacional retrospectivo com 63 pacientes com RM apresentando FVB ou FVM. Dois cirurgiões de coluna e dois estudantes de medicina avaliaram utilizando o escore de META. Foi utilizado o coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e o Kappa (k) para avaliar a relação inter e intraobservador na relação do diagnóstico entre os avaliadores e também para correlação dos critérios do escore individual. Foi calculado a área sob a Receiver Operating Characteristic Curve (ROC) para estabelecer a acurácia. A avaliação interobservador foi excelente tanto entre os cirurgiões de coluna (ICC=0.822) quanto os estudantes de medicina (ICC=0.835) e o Kappa foi considerada substancial nos dois grupos (0.64 e 0,61). A avaliação intraobservador respectivamente entre cirurgiões e estudantes foi excelente [ICC=0.935 (0.908 - 0.955)], [ICC=0.939 (0.914 - 0.957)] assim como a relação com o Kappa entre os cirurgiões (0.81) e estudantes (0.84). Já o Kappa na avaliação de cada critério variou de 0.74 a 0.18 de todos os grupos. A acurácia houve uma melhora para os alunos, comparando sua avaliação pela experiência e o escore de META (0.57 para 0.76), porém para os cirurgiões não houve diferença (0.76 para 0.75). A curva ROC foi de 0.79 para os cirurgiões e 0.71 para estudantes (p<0.0001). Foi observado uma boa acurácia utilizando o escore e uma excelente concordância interobservador. Avaliamos o escore com uma boa ferramenta para diferenciação entres as fraturas para os alunos, porém quanto aos cirurgiões, apesar da boa acurácia não houve diferença quanto sua avaliação subjetiva.