Estudo experimental do sequenciamento das manobras para ligamentotaxia nas fraturas vertebrais do tipo explosão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Castro, Ilton José Carrilho de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-14022007-155451/
Resumo: DE CASTRO, I.J.C. Seqüência das manobras para ligamentotaxia em fraturas de coluna. 2006. 59f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006. As fraturas da coluna, possivelmente, projetam fragmentos da parede posterior do corpo da vértebra para o interior do canal vertebral. Esses fragmentos ósseos podem comprimir as estruturas nervosas localizadas no interior do canal. A descompressão realizada por meio da ligamentotaxia é um método indireto. A técnica implica a realização de distração e correção da cifose do segmento vertebral fraturado. O objetivo do trabalho foi analisar a influência da ordem de realização dessas manobras (distração + lordose versus lordose + distração), durante a ligamentotaxia, relativa à descompressão do canal vertebral. Foram utilizadas no estudo, vértebras da transição tóracolombar de suínos híbridos, derivados da raça Landrace, com idade de cinco meses e média de peso de 102,05±3,47 kgf. Após a produção da fratura do tipo explosão, por meio de equipamento especialmente desenvolvido para esta finalidade, as vértebras foram submetidas à tomografia computadorizada e foram selecionados 10 espécimes que apresentavam fraturas do tipo explosão. Os segmentos vertebrais foram estabilizados por meio do fixador interno (Synthes), uma vértebra acima e outra, abaixo da vértebra fraturada. Os 10 modelos foram divididos em dois grupos com cinco cada. O primeiro grupo foi denominado (lor+dis), no qual foi realizada a correção da cifose (lordose) e depois a distração. Finalizada a seqüência de manobras desse grupo, os mesmos foram submetidos à nova compressão, por meio de morsa, até o retorno à posição inicial da fratura. Esses modelos reposicionados, denominados (R:dis+lor) foram novamente submetidos à seqüência de manobras, iniciando com a distração e depois correção da cifose. No segundo grupo denominado (dis+lor) foi realizada a distração e depois a lordose. Após cada manobra, era realizado o exame tomográfico, para a mensuração do diâmetro do canal vertebral. O deslocamento do fragmento do corpo vertebral fraturado foi mensurado e os valores obtidos, comparados por meio de estudo estatístico, pelo teste t de Student, com nível de significância de 5%. Os resultados de ligamentotaxia desse trabalho mostraram que o deslocamento dos fragmentos, percentualmente, foi maior na seqüência que inicia com a correção da cifose (lordose). Mas a análise estatística em que se usou um nível de significância de p?5%, mostrou que não houve diferença entre as seqüências. O nível de significância obtido nesta comparação foi de p?0,06. Esse resultado é próximo ao nível adotado. Isto sugere um forte tendência, demonstrando a eficácia superior da seqüência, quando se inicia pela realização da correção da cifose (lordose), seguida de distração. Com os resultados qualitativos e quantitativos encontrados neste trabalho, sugerimos que a ligamentotaxia deva ser iniciada pela correção da cifose, seguida da distração do segmento vertebral fraturado.