Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Souza, Stephanie Naomi Funo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-13052024-162321/
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Resumo: |
Introdução. A hidrocefalia é uma doença cerebral prevalente na população pediátrica que apresenta fisiopatologia complexa e múltiplas etiologias, afetando diversas regiões do sistema nervoso e com potencial de causar sequelas graves e irreversíveis. O tratamento mais comumente preconizado é a realização de derivação ventricular (shunt), cuja complicação mais frequente é a obstrução mecânica porém cujos efeitos patológicos são pouco conhecidos. Objetivos. Avaliação e comparação de aspectos clínicos (ganho ponderal, comportamento motor e memória), histopatológicos e imunoistoquímicos (astrocitose reativa,, inflamação e lesão neuronal) na fase aguda da hidrocefalia experimental induzida por caulim, após tratamento com derivação adaptada (ventrículo-subcutânea) e após obstrução da derivação. Materiais e métodos. Foram utilizados ratos Wistar com 7 dias de vida, divididos em 4 grupos: grupo controle sem injeção de caulim (n=6), hidrocefálico não tratado (n=5), hidrocefálico tratado com derivação ventrículo subcutânea (DVSC) (n=7), e hidrocefálico tratado com shunt obstruído (n=5). Os animais foram pesados diariamente e análise comportamental foi feita utilizando os testes de mobilidade em campo aberto e labirinto aquático de Morris. Os ratos foram sacrificados com 28 dias de vida e foram realizadas análises histológicas dos encéfalos com hematoxicilina/eosina e luxol fast blue, além de análises imunoistoquímicas para GFAP, COX-2, Neu-N e Caspase-3 para avaliação da astrocitose reativa, inflamação, marcação neuronal e atividade apoptótica, respectivamente. Resultados: O grupo com obstrução da derivação teve menor ganhor de peso e pior desempenho nos testes comportamentais. A astrocitose reativa foi mais evidente no grupo HTOT, assim como a resposta inflamatória na porção anterior do encéfalo. Não houve diferença na densidade de células apoptóticas; O grupo hidrocefálico teve a menor taxa de células neuronais com relação aos demais grupos. Conclusões: A obstrução da derivação resulta em prejuízo no desempenho dos testes comportamentais e acarreta alterações histopatológicas irreversíveis quando comparadas aos achados no grupo com hidrocefalia tratada, mesmo após a desobstrução do sistema. O modelo desenvolvido é factível e eficiente em simular o contexto clínico da disfunção de um shunt. |