Parricídio em psicanálise: estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Belisario, Andressa Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-15022023-175546/
Resumo: A universalidade do Complexo de Édipo é insuficiente como única justificativa do ato parricida, instigando o enigma desta dissertação: por quê? O objetivo geral desta dissertação é investigar e discutir os fenômenos intrapsíquicos e as implicações intersubjetivas do parricídio, suas motivações e a impossibilidade de elaboração simbólica na destituição da autoridade paterna no caso clínico. Os objetivos específicos são: (1) identificar se e como os sentimentos de culpa interferem na repetição de atos violentos; e (2) analisar a necessidade de elaboração do Complexo de Édipo no caso estudado. Para responder a tais objetivos, utilizou-se o método de pesquisa psicanalítica, com a construção do estudo de caso por meio da crônica, dispositivo aqui escolhido para apresentar um testemunho clínico. A análise dos dados foi feita a partir do referencial psicanalítico, utilizando principalmente as teorias construídas por Freud. Freud (1928) aponta duas obras literárias primordiais neste tema: Édipo Rei, de Sófocles, e Os Irmãos Karamázov, de Dostoiévski, por possuírem em seu enredo do parricídio, as quais nos ajudaram a explorar os conflitos inconscientes que motivaram esses protagonistas a cometerem o crime primevo. Assim, estes textos contribuem com a reflexão sobre a repetição do parricídio no caso estudado, cujo material clínico foi extraído de sessões de psicoterapia individual. Concluiu-se que a passagem ao ato parricida representa um salto no vazio, contribuindo para o sentimento de morte psíquica e consequentemente para as perdas das fronteiras entre as realidades externa e interna