Aspectos das relações interpessoais em Freud: questionamentos morais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Costa, Virginia Helena Ferreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-01122014-160434/
Resumo: O objetivo principal da dissertação é problematizar, a partir de textos de Freud, o prolongamento de expectativas e fantasias próprias da infância em aspectos sociais e políticos da vida adulta. Para tanto, as relações interpessoais são consideradas mediante dois pontos de vista da teoria freudiana, a saber, o do desenvolvimento individual e das relações e estruturas sociais. Como pano de fundo para tal problemática, são abordadas a experiência edípica infantil e a situação de desamparo como base das repetições que perseguem o neurótico, ocasionadas por uma trajetória de vida em parte desconhecida, por determinações inconscientes e herdadas, por fantasias e expectativas projetadas na alteridade, de modo que estes fenômenos são vividos como necessários pelo ser humano. Além disso, os sentimentos de medo, angústia e culpa, além da procura por uma autoridade que forneça segurança e proteção, encontram continuidade em situações e figuras sociais e políticas, influenciando na estrutura do Estado e da sociedade de forma ampla, tal como aparece na cosmovisão religiosa. Em contraposição a este prolongamento da infância na vida adulta, questiona-se a possibilidade da clínica freudiana em se aproximar da \"cosmovisão científica\" mediante seu objetivo de problematizar tais prolongamentos e repetições ao compreender o sintoma como Nachträglichkeit e como unheimlich. Com isso, no trabalho analítico encontramos a assunção do desamparo, uma organização pulsional singular e o acolhimento de vivências contingentes sem que haja uma quebra na estrutura psíquica do indivíduo