Mudanças morfológicas e glandulares associadas ao polietismo etário em Polybia paulista (Hymenoptera: Vespidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Galeano, Zioneth Judith Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-23042010-163030/
Resumo: A divisão de trabalho é um dos temas centrais no estudo dos insetos sociais. Nas abelhas e nas vespas essa atividade é regulada pelo polietismo etário. Vários autores mostraram que o polietismo etário de Apis mellifera tem ativação seletiva das glândulas com o trabalho feito dentro da colônia, além de diminuição do peso corporal ao começar o forrageio. Nos vespídeos sociais, o polietismo etário é um tema pouco explorado. Com o objetivo de identificar e descrever em Polybia paulista estas mudanças corporais e glandulares relacionadas à idade dos indivíduos ou com o seu uso na função social, analisaram-se operárias de diferentes idades mantidas em cativeiro desde a sua emergência nas quais foi restrita a interação social desde sua emergência e operárias de diferentes idades coletadas desde o ninho onde a interação social foi completa. Operárias de Polybia paulista mantidas em cativeiro aumentaram a massa corporal, diminuíram a massa do mesosoma e diminuíram a secreção das glândulas salivares e mandibular conforme de acordo com o aumento da idade. Isso difere daquelas operárias que foram permitidas do desenvolvimento social normal (grupo controle), onde foi observado um aumento na massa corporal, na massa do mesosoma e na secreção das glândulas salivar e a mandibular em relação ao aumento da idade das vespas. Provavelmente, o relacionamento social estimula a formação e a transição fisiológica relacionada ao polietismo etário em Polybia paulista. Nestas vespas, mudanças corporais e glandulares observadas foram relacionadas com idade, sendo provável que a interação social e o uso das estruturas nas diferentes tarefas dentro da colônia estejam influenciando tais mudanças. Como conseqüência, fatores que atuam sobre a demografia da colônia, como a fase de desenvolvimento ou o bem-estar da colônia, podem ser determinantes na regulação do polietismo etário. Estes resultados contrastam com o modelo proposto para o polietismo etário da abelha Apis mellifera e com observações da atividade glandular na vespa social Polistes versicolor