Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Hattori Junior, Mituro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-13022008-105752/
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Resumo: |
Carcinomas de glândulas salivares são raros e seu tratamento de escolha é cirúrgico, seguido ou não de radioterapia. Até 50% dos casos apresentam recorrências neoplásicas e a maioria delas é local. O único tratamento de resgate com potencial curativo é o cirúrgico. No entanto, poucos estudos abordam o tema. O objetivo deste estudo é avaliar a ocorrência de complicações cirúrgicas e os fatores prognósticos clínicos e anatomopatológicos em pacientes portadores de carcinoma de glândulas salivares recidivado, submetidos à cirurgia de resgate. Foram avaliados 59 pacientes que preenchiam os critérios de elegibilidade do estudo: diagnóstico comprovado da recidiva de carcinoma de glândulas salivares e cirurgia de resgate realizada com intenção curativa. Trinta e 5 pacientes desta série (59,3%) foram tratados previamente em outra instituição. A cirurgia de resgate de todos os pacientes foi realizada no Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, entre os anos de 1957 a 2000. O local do tumor primário foi parótida em 34 casos (57,6%); cavidade oral, em 13 (22,1%) e glândula submandibular, em 12 (20,3%). O tipo histológico mais freqüente foi o carcinoma adenocístico em 23 casos (39%), seguido pelo carcinoma mucoepidermóide, em 14 (23,7%). O tratamento prévio foi somente cirurgia em 47 casos, cirurgia e radioterapia adjuvante em 11 casos e cirurgia e quimioterapia em apenas um caso. A maioria dos pacientes apresentou recorrência local (39; 66%), em sete casos a recorrência foi regional (11,9%) e em treze foi locorregional (22,1%). O estádio clínico da recorrência foi inicial (rEC I e II) em 15 casos (25,5%) e avançado (rEC III e IV), em 44 (74,5%). O tratamento cirúrgico da recorrência foi ressecção local em 39 casos (66,1%), esvaziamento cervical isolado em 7 (11,9%) e cirurgias em monobloco (ressecção local associada a esvaziamento cervical) em 13 casos (22%). Em 5 pacientes foi realizada parotidectomia ampliada com temporalectomia. A taxa global de complicações cirúrgicas foi de 32,2%. A complicação mais comum foi a infecção da ferida operatória. Não houve mortalidade pós-operatória. Houve nova recorrência em 36 pacientes (61%). A recorrência mais freqüente foi a distância, em 16 casos (27%), sendo o pulmão o sítio mais acometido. Em 10 casos (17%) houve falha no controle local; em 5 (8,5%), falha locorregional e em 5, falha regional (8,5%). A sobrevida atuarial global, após a cirurgia de resgate, foi de 61,3% em 5 anos e 42% em 10 anos. O sexo, o tipo histológico, a topografia, o estadiamento clínico e a conservação do nervo facial (tumores parotídeos) não apresentaram associação com a sobrevida global. Em análise univariada a idade maior que 60 anos foi associada a pior prognóstico. Este estudo demonstra que o prognóstico de pacientes com carcinomas de glândulas salivares recidivados, selecionados para serem submetidos à cirurgia de resgate é aceitável. As taxas de complicações cirúrgicas foram geralmente locais e não houve mortalidade pós-operatória nesta série. |