Os Discorsi dell\'arte poetica: tradução e leituras portuguesas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Denis Cesar da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-11012016-142449/
Resumo: Os Discorsi dellarte poetica, ed in particolare sopra il poema eroico são um texto de preceptiva poética relativa ao gênero épico escrito por Torquato Tasso. Sua primeira edição foi publicada em Veneza no ano de 1587, porém sua produção data da década de 1560, durante a qual o poeta dava curso a sua formação humanista junto a letrados proeminentes das academias de Pádua, como Sperone Speroni e Scipione Gonzaga. O texto situa-se no âmbito das discussões quinhentistas acerca do poema épico, em que a retomada dos estudos aristotélicos, em meados daquele século, ensejou a recodificação dos romanzi, narrativas em língua vulgar versificadas sobre os feitos de cavaleiros andantes. A Gerusalemme liberata, obra-prima de Tasso, representa a consubstanciação desse processo. Para este trabalho, ao lado da tradução integral em língua portuguesa das três partes que compõem os Discorsi, apresentamos um estudo monográfico, abrangente, porém não exaustivo, de interfaces possíveis entre o texto italiano e os escritos críticos de alguns dos mais representativos letrados portugueses do século XVII, como Manuel de Faria e Sousa, Manuel Severim e Faria, Manuel Pires de Almeida e João Franco Barreto. Desejamos com isso evidenciar a presença de ideias italianas entre os leitores seiscentistas de Camões e a existência de uma pauta de discussões comum, em Itália e Portugal, referente à constituição do poema épico, considerado, nos séculos XVI e XVII, o mais elevado entre as espécies de poesia.