Estudos da fisiologia pós-colheita do cambuci sob atmosfera controlada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Freitas, Thaís Pádua de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-12122022-173239/
Resumo: O cambuci é apreciado pelo sabor e aroma incomparável, tem sido bastante investigado quanto a sua composição bioquímica, devido ao potencial anti-inflamatório. No entanto, deteriora-se rapidamente após a colheita e muito pouco é conhecido sobre a sua fisiologia. Atmosfera controlada e a refrigeração podem ser utilizadas como uma ferramenta para investigar a fisiologia pós-colheita do cambuci. Objetivo deste trabalho foi estudar a fisiologia pós-colheita do cambuci sob atmosfera controlada. Para o desenvolvimento do estudo de forma simples, prática e sem prejuízos a precisão um equipamento que produz a mistura de gases denominado, fluxcentro foi construído. Cambucis foram armazenados em 21, 10, 5, 1 kPa O2 e 0,03 kPa de CO2 por 27h e a 0,03, 1, 4, 7, 10 kPa de CO2 e 21 kPa de O2 por 48h sob fluxo de 500 mL min-1 a 20 °C. Em ambos os experimentos a taxa respiratória foi reduzida em até 90% sem modificações expressivas nos sólidos solúveis, acidez, firmeza, açúcares, ácidos orgânicos e vitamina C, mas com danos severos a aparência dos frutos (distúrbios fisiológicos), acúmulo de acetaldeído e etanol e degradação de taninos. O aroma do cambuci em baixo O2 (1 kPa) foi completamente modificado, devido a intensa perda de compostos voláteis. Em atmosferas enriquecidas com CO2 a produção de ésteres foi prejudica. Posteriormente, os cambucis foram armazenados em diferentes composições de oxigênio (21, 15, 10, 5, 1 kPa O2 e 0,03 de CO2 e 0,03, 1, 4, 7, 10 kPa de CO2) e dióxido de carbono (21 kPa de O2 0,03, 1, 4, 7, 10 kPa de CO2 e 21 kPa de O2) em 5°C por 15 dias. A redução da temperatura possibilitou um ganho médio 13,5 dias de vida útil com poucas modificações no teor de sólidos solúveis, acidez, firmeza, açúcares e ácidos orgânicos. Distúrbios na casca foram observados com maior intensidade após 2 dias a 20°C sob atmosfera normal (21 kPa de O2 e 0,03 kPa de CO2) em ambos os experimentos e em todos os tratamentos. Baixo O2 (1 kPa) e elevado CO2 (>7 kPa), provocou uma menor degradação da cor e preservou a vitamina C, mas incrementou a produção de acetaldeído e etanol e, consequente diminuição de taninos. Em baixo O2 o aroma tornou-se mais amadeirado e herbal e em atmosferas enriquecidas com CO2 mais doce e frutado.