O sujeito e o pathos na mídia. Uma análise do discurso sobre saúde nas matérias de capa das revistas Veja e Época

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silvestre, Aglaé
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-20072009-175949/
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar as reportagens de capa sobre saúde, das revistas Veja e Época, publicadas entre maio de 1998 mês de lançamento de Época e dezembro de 2006. Nossa análise está baseada nos conceitos-chave da Análise do Discurso, tais como formulados por Foucault e Bakhtin e posteriormente ampliados por diversos estudiosos da linguagem. Queremos identificar e discutir os modos de subjetivação implicados no quadriculamento discursivo verbal e não verbal sobre saúde física e mental, com desdobramentos no comportamento dos indivíduos; e entender como os diferentes enunciadores se manifestam e se articulam através de suas marcas textuais, que se diferenciam e se agrupam nesse universo midiático. Numa palavra, como são inscritas ou ocultadas textualmente as palavras de ordem enquanto dispositivos disciplinares no atual estágio de desenvolvimento capitalista da sociedade de consumo. A partir do recorte efetuado, separamos as matérias por grupos temáticos nove temas ao todo e elegemos duas matérias por ano uma de Veja e uma de Época para análise , totalizando 18 reportagens analisadas, abrangendo nove anos de publicação. Evidentemente os temas se entrecruzam e a divisão se fez necessária apenas em função da metodologia aplicada. Constatamos, porém, que determinadas segmentações do discurso não são tão aleatórias quanto parecem ser à primeira vista. Elas refletem posições discursivas, periodicamente reiteradas, visando manter a sociedade de consumo em funcionamento, através de contratos comunicativos entre leitor e sociedade, cujos operadores são a vitimização do sujeito e a constante ameaça à sua integridade física e moral, caso sejam descuidadas as regras disciplinares estabelecidas por esse pacto social simbólico.