Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Sei, Maíra Bonafé |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-30112009-093127/
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Resumo: |
A Psicanálise Winnicottiana baseia-se na crença de que o viver criativo está ligado à saúde. Winnicott propôs as Consultas Terapêuticas, quando a psicoterapia não era possível e a pessoa poderia ser ajudada com poucos encontros. Criou o Jogo do Rabisco, no qual o contato entre terapeuta e paciente ocorre por meio de desenhos. Entende-se que a soma destas características permite uma articulação desta teoria à prática da Arteterapia, intervenção terapêutica que oferece recursos artísticos para facilitar expressão e comunicação. Objetivou-se com esta investigação, construir uma proposta de intervenção com famílias, em uma prática da Artepsicoterapia pautada na Psicanálise Winnicottiana, para aplicação no contexto institucional. Trata-se de uma pesquisa qualitativa em Psicologia Clínica, por meio da qual foram atendidas 10 famílias clientes de uma instituição de atenção à violência familiar. O processo psicoterapêutico familiar foi empreendido com a oferta de recursos artísticos disponíveis em uma caixa artística composta por diferentes materiais expressivos e presente nas sessões. Escolheu-se três famílias para aprofundamento da compreensão do processo, com foco na importância dos encontros iniciais na construção do processo terapêutico familiar, no emprego da Arteterapia como facilitadora da comunicação de pensamentos e sentimentos no setting e nos limites e alcances desta forma de terapia. Percebeu-se que as famílias tiveram dificuldades em aderir à intervenção, com interrupções precoces dos atendimentos. Entende-se que este abandono pode ter ocorrido devido à proposta de reflexão sobre as vivências da família, às dores resultantes da violência e pelo questionamento acerca dos papéis que cada pessoa ocupa na família. O uso dos materiais artísticos facilitou e enriqueceu as contribuições das crianças e adolescentes. Complementou também a compreensão dos adultos, com suas escassas, mas reveladoras produções, além de ampliar o entendimento da dinâmica familiar. Apesar das dificuldades encontradas, relacionadas especialmente com o foco na família como o paciente da sessão, na atenção psicológica em instituições para casos de violência familiar, considera-se que observar a família como o paciente é necessário. Por fim, assinalase que a Arteterapia pôde ser uma facilitadora do processo psicoterapêutico das famílias, pois minimiza resistências e amplia o entendimento do grupo, com maiores ganhos proporcionados pela intervenção. |