Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Bruna Carolina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-12052022-121031/
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Resumo: |
Objetivo: Identificar e analisar os fatores contribuintes para os eventos gastrointestinais e de obstrução de sonda em pacientes hospitalizados em uso de medicamentos por sonda enteral. Método: Estudo observacional transversal realizado através de consulta aos prontuários eletrônicos de pacientes hospitalizados (clínicos e críticos) admitidos no ano de 2018 e que fizeram uso de medicamentos por sonda enteral em um hospital público geral de médio porte e média complexidade do interior de São Paulo (Brasil), em busca dos eventos adversos e de seus fatores contribuintes. Resultados: em 2018 houve 1.735 hospitalizações, das quais 386 (22,2%) contemplaram os critérios de inclusão. Os pacientes, em sua maioria, eram homens (54,4%), idosos (72,8%), de grau fundamental incompleto (48,4%), de baixo peso (35,5%), hipertensos (55,4%), diabéticos (30,6%), admitidos por doenças do aparelho respiratório (42,7%); ficaram hospitalizados por mais de 15 dias (37,3%), começaram a usar sonda enteral durante a hospitalização (51,6%) por disfagia (49,7%) e permaneceram em uso de sonda até o momento da alta (65,8%). A taxa de obstrução de sonda foi de 10,4%, sendo 53,5% notificadas e 81,4% resultaram em dano moderado. Foram encontrados três fatores contribuintes relacionados à sonda enteral, cinco relacionados à nutrição enteral e oito relacionados aos medicamentos, sendo os principais, respectivamente, o posicionamento gástrico da sonda, a presença de proteína inteira na nutrição enteral e o uso de fármacos pouco ou insolúveis em água. Com relação aos eventos gastrointestinais, a taxa de diarreia foi de 63,2%, a de vômito 27,2%; a de constipação 26,2%; a de dor abdominal 16,6%; a de distensão abdominal 13,0% e a de náusea 12,7%. Conclusão: Os fatores relacionados ao paciente são os mais representativos, porém nem todos são modificáveis. Os relacionados à nutrição, em geral, estão vinculados às propriedades da própria nutrição (viscosidade, quantidade de calorias e fibras, presença de proteínas inteiras etc.), que é selecionada pelo nutricionista com base nas necessidades do paciente. Os medicamentos podem contribuir para os eventos por sua forma farmacêutica, acidez, solubilidade em água, osmolaridade, presença de sorbitol, por reação adversa, interação medicamentosa e pelo seu mecanismo de ação/classe terapêutica. Esses fatores podem ser um ponto importante a ser trabalhado em conjunto pela equipe multiprofissional. As informações geradas por este estudo poderão ser utilizadas como gatilhos, que sinalizarão pacientes mais vulneráveis e suscetíveis à ocorrência dos eventos, além de contribuírem para a tomada de decisão clínica para preveni-los. |