O fomento florestal da CESP/Porto Primavera com propriedades da região de Assis-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Ferretti, André Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-123410/
Resumo: Com o objetivo de analisar o Programa de Fomento Florestal do viveiro de produção de mudas da CESP de Porto Primavera; identificar o que levou os produtores fomentados pelo viveiro a participar, ou desistir, do Programa de Fomento Florestal da Companhia; saber como este público avalia o Programa; e registrar possíveis sugestões e reivindicações dos produtores, foram enviados formulários de pesquisa com questões de múltipla escolha para os signatários de 280 contratos de fomento florestal estabelecidos com a empresa, distribuídos nos seguintes municípios da região de Assis, no Estado de São Paulo: Cândido Mota, Palmital, Florínea, Assis, Maracaí Tarumã, Campos Novos Paulista, Paraguaçu Paulista, Pedrinhas Paulista, Cruzália, Ibirarema e Platina. Obteve-se resposta de 20,00% do total sendo que 10,71% das correspondências foram devolvidas. A partir dos resultados obtidos, não se confirmou a hipótese de que grande parte dos produtores aderiram ao Programa principalmente pelo fato de poder receber mudas e assistência técnica gratuitas, o que indica tratar-se de um incentivo necessário, mas não suficiente. Verifica-se que a questão legal, aliada ao temor da ação das diversas instituições ligadas ao setor de meio ambiente, foi o motivo principal que levou os produtores rurais, que responderam aos formulários, a participar do fomento florestal da CESP. Por outro lado, a conservação dos recursos hídricos e do solo também têm motivado muitos produtores para o plantio de espécies florestais nativas, indicando que os produtores estão preocupados diretamente com a conservação dos recursos naturais, mais diretamente ligados à produção agropecuária, disponíveis em suas áreas. O principal enfoque do programa de fomento florestal analisado está na produção de mudas, aproveitando toda a estrutura física do viveiro, que tem capacidade para produzir muito mais mudas de boa qualidade genética e fisiológica, do que a Companhia tem capacidade de plantar. A maior dificuldade está na efetivação do plantio, tanto em áreas da Companhia quanto em propriedades particulares. Neste sentido, o Programa deveria se ater mais às ações de divulgação, sensibilização do produtor rural e busca de alternativas que possibilitasse a presença do elemento arbóreo na propriedade agrícola, tanto como componente econômico quanto ambientar. É importante destacar que, mais do que a repressão, as informações obtidas indicam que o incentivo à adoção do elemento arbóreo na propriedade rural desenvolvendo-se alternativas florestais que respondam às demandas do produtor, são o melhor caminho para o crescimento do Programa de Fomento Florestal na região. O modelo de reflorestamento misto com espécies nativas desenvolvido pela CESP, mais do que um modelo de implantação de um trecho de mata ciliar dentro de uma propriedade, é um oportunidade para que se veja a árvore e a floresta com outros olhos