Os Yao e o contexto da luta armada de independência nacional em Moçambique (1964-1974)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Correia, Milton Marcial Meque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Yao
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-24082017-141121/
Resumo: Nesta tese apresentamos a contribuição da população Yao no contexto da luta armada de independência de Moçambique que teve lugar de 25 de setembro de 1964 a 7 de setembro de 1974. Nesta luta os Yao integraram-se ao movimento armado dirigido pela FRENTE DE LIBERTAÇÃO DE MOÇAMBIQUE (FRELIMO), organização nacionalista moçambicana, contra o governo colonial português, tendo se destacado no desenvolvimento dos setores oriental e sul do Niassa e no que este governo designou de Estrada de Mataca. A participação Yao, documentada em fontes coloniais portuguesas, esteve diretamente ligada na importância geoestratégica que este corredor desempenhava ao interligar a Tanzânia, onde estava sediada a FRELIMO, as frentes militares do Niassa e o território do Malawi, pelo interior do Niassa, e os situou no interior do processo efetivo - político e militar - da disseminação do discurso nacionalista moçambicano. A análise da historiografia dos séculos XVIII, XIX e XX sobre os Yao permitiu observar a dinâmica do seu imaginário político que a despeito de suas experiências de poderio económico e militar e de dominação administrativa portuguesa demonstraram sua integração (não isenta de tensões e contradições) na luta armada de independência nacional do país. A pesquisa se baseou na documentação consultada no Arquivo Histórico de Moçambique, em Maputo, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT) e no Arquivo Histórico Militar, ambos em Lisboa.