Educação e cultura popular em Moçambique: um estudo sobre Nyago

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Tomé, Miranda Maloa lattes
Orientador(a): Abib, Pedro Rodolpho Jungers Abib lattes
Banca de defesa: Silva, Thais Regina Mantovanelli da, Subuahana, Carlos, Mindoso , André Victorino, Menezes, Karina Moreira, Abib, Pedro Rodolpho Jungers
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37699
Resumo: Esta tese analisa a relação entre a Educação e a cultura popular olhando para suas relações e contradições no contexto sócio cultural e sua implicação na prática pedagógica. Esta tese busca o Nyago, praticada por povo Yaawo ou Yao, do Norte de Moçambique, na província do Niassa. Como uma cultura dos ritos de iniciação ou de passagem para a fase adulta dos jovens ou adolescentes. Estudar estas relações, contradições implica perceber o lugar da cultura na prática pedagógica, sob uma pesquisa bibliográfica, documental e de campo, onde foram entrevistadas com profundidade 12 responsáveis das escolas do Distrito de Sanga, no sentido de abarcar várias percepções e observar diferenças ou similaridades na forma como eles pensam sobre a relação possível entre a Educação formal, produzida nas escolas e a cultura popular – Nyago. Tratou-se de um propósito de buscar resultados que indicaram que a relação entre Educação e a cultura popular - Nyago é conflituante e histórica, marcada profundamente pela promoção do Estado Colonial, através do discurso e políticas que fortaleciam a negação das diferenças educativas na cultura popular africana. Este processo no período pós-independência se torna um desafio para a sua não perpetuação nas políticas educacionais, as quais embasam discursos da hierarquia cultural, discriminando muito do que é popular, como incompatível, dual ou ambivalente, com a educação formal. Esse processo no Nyago contribui para a produção da marginalização na cultura e no processo educativo formal moçambicano.