Estudo farmacocinético e análise da distribuição transplacentária da fluoxetina e seu metabólito em gestantes portadoras de diabetes mellitus gestacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carvalho, Daniela Miarelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-01062020-091532/
Resumo: A prevalência global de diabetes mellitus gestacional (DMG) é de 16% aproximadamente. O diagnóstico ocorre entre 24 e 28 semanas de gestação, causada por algum grau de intolerância à glicose, a maioria destes casos se resolve após o parto. Gestantes portadoras de DMG podem ser de 2 a 4 vezes mais suscetíveis a depressão ante e pós-parto. Fluoxetina é o medicamento da classe dos inibidores seletivos de receptação da serotonina mais prescrito para tratamento da depressão em gestantes. Avaliar a influência do DMG sobre a farmacocinética e o metabolismo enantiosseletivo da fluoxetina em gestantes portadoras de DMG. Foram avaliadas dez gestantes portadoras de DMG. Todas receberam dose única de 20 mg de fluoxetina via oral em duas ocasiões distintas. Após a administração do fármaco na primeira ocasião foram coletadas amostras seriadas de 10 mL de sangue materno para avaliação da concentração dos enantiômeros da fluoxetina nos tempos de zero, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 24, 48, 72, 96, 168, 336, 504 e 672 horas. No dia do parto, após receber a medicação, foram coletadas amostra sanguíneas materna no momento do nascimento, sangue de vasos umbilicais e espaço interviloso, para avaliação de transferência placentária do fármaco. Os dados apresentados são a comparação de dez gestantes com diagnóstico de DMG e dez controles. As medianas dos parâmetros farmacocinéticos dos enantiômeros (R)-(-)- e (S)-(+)- fluoxetina do grupo controle foram, respectivamente: AUC01∞ 180,94 vs 96,22 ng.h/mL e dos enantiômeros (R)-(-)- e (S)-(+)-fluoxetina do grupo DMG: AUC0-6∞ 197,93 vs 109,62. As medianas dos parâmetros farmacocinéticos dos enantiômeros (R)-(-)- e (S)-(+)-norfluoxetina do grupo controle foram, respectivamente: AUC0-As medianas dos parâmetros farmacocinéticos dos enantiômeros (R)-(-)- e (S)-(+)-norfluoxetina do grupo controle foram, respectivamente: AUC0-∞ 943,70 vs 500,33 ng.h/mL e dos enantiômeros (R)-(-)- e (S)-(+)-norfluoxetina do grupo DMG: AUC0-∞ 600,39 vs 96,83 ng.h/mL. As medianas das relações entre os compartimentos maternos e fetais para os enantiômeros (R)-(-) e (S)-(+)-fluoxetina do grupo controle foram, respectivamente: relação espaço interviloso/ materna 1,28 vs 1,30; relação veia umbilical/espaço interviloso 0,27 vs 0,39 e do grupo DMG foram: relação espaço interviloso/materna 0,84 vs 0,80; relação espaço interviloso/materna 0,33 vs 0,47 respectivamente. Foi observada diferença estatística na transferência placentária do enantiômero (R)-(-)- norfluoxetina em ambos os grupos analisados, nas relações espaço interviloso/materna e veia umbilical/espaço interviloso.