Curral de reses, Curral de almas: urbanização do sertão nordestino entre os séculos XVII e XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Arraes, Damiao Esdras Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-31052012-113850/
Resumo: Esta dissertação estuda a urbanização do sertão nordestino entre os séculos XVII e XIX, vinculada ao diálogo que chamamos de curral de reses e curral de almas. Curral de reses tece as questões do fenômeno urbano no interior do Nordeste açucareiro, no que dizia respeito ao papel exercido pela pecuária extensiva no povoamento, na posse da terra e no desenvolvimento de aglomerados urbanos criados ao longo dos caminhos elaborados pelo gado. As reses tangidas do litoral devassaram o hinterland nordestino, criando aqui, ali e além caminhos, desmistificando o desconhecido. Posteriormente, essas trilhas foram usadas pelas autoridades coloniais e clericais para erguer aldeamentos missioneiros - currais de almas -, visando o bem material e espiritual da Igreja e da Ordem de Cristo e a conversão dos nativos. Curral de almas busca esclarecer a ação da Igreja Católica, unida ao Estado português, no que cerce a fixação e congregação tanto do índio tapuia como dos sertanejos nômades (que \"vadiavam\" pelo território), primeiramente em aldeamentos missioneiros, depois em núcleos urbanos estrategicamente locados no território. Focalizamos o trabalho missionário dos jesuítas, capuchinhos e oratorianos na elaboração de reduções religiosas principiadas a partir da segunda metade do século XVII. Selecionamos a cidade pombalina de Oeiras (PI) e as vilas de índios Monte - Mor o Novo da América (CE) e Crato (CE) como estudos de caso, no intuito de analisar a influência da pecuária, dos caminhos do gado, das determinações provenientes de Lisboa e do papel eclesiástico da igreja em seus traçados intraurbanos.