Composição florística e estrutura do componente arbustivo-arbóreo do Parque Natural Municipal da Cratera de Colônia, São Paulo, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Marçon, Sergio Luis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-15062009-220207/
Resumo: A conservação da biodiversidade tem sido tema de debates na maioria das reuniões sobre meio ambiente no mundo. Áreas florestais próximas aos centros urbanos têm merecido menor atenção de iniciativas conservacionistas, pois se acredita que estejam em estado irremediável de degradação. Entretanto, se bem estudadas, poderão ser úteis ao apontar modelos para a regeneração, conservação e manejo de sua diversidade. Com características ímpares de solo e vegetação, a Cratera de Colônia constitui uma dessas importantes áreas para investigações científicas. O Parque Natural Municipal da Cratera de Colônia foi criado em 2007 com a expectativa de conservar o local, um fragmento de mata numa matriz predominantemente agrícola e urbana, sob intensa ação antrópica. Neste contexto, os objetivos deste trabalho são: (1) caracterizar a composição florística e a estrutura do componente arbustivo-arbóreo do Parque Natural Municipal da Cratera de Colônia; (2) comparar as parcelas alocadas em locais com diferentes graus de degradação em cada fitofisionomia (Mata de Encosta, Mata de Turfeira e Mata de Brejo) quanto à estrutura e diversidade florística; (3) fornecer dados para auxiliar a elaboração do Plano de Manejo do Parque, dentro das possibilidades de uso permitidas pela legislação. Foram alocadas 30 parcelas de 20x20 m, 10 em cada fitofisionomia, sendo cinco em locais antropizados, amostrando-se os espécimes com PAP 10 cm. Foram amostrados 1.643 indivíduos, pertencentes a 133 espécies, 88 gêneros e 50 famílias. As famílias com maior riqueza de espécies foram: Myrtaceae (14), Melastomataceae (12), Rubiaceae (11), Asteraceae (10), Solanaceae (8). As espécies com maiores Índices de Valor de Importância foram: Eucalyptus robusta (9,89), Tibouchina mutabilis (6,95), Cyathea atrovirens (6,48), Syagrus romanzoffiana (6,44), Critoniopsis quinqueflora (4,31). A diversidade (Índice de Shannon H) foi de H = 3,81 e a equabilidade (J) foi de 0,78, valores semelhantes aos de outros fragmentos do Planalto Paulistano. As fitofisionomias são diferentes quanto à composição florística, riqueza de espécies e diversidade; a Mata de Encosta constitui um grupo isolado da Mata de Turfeira e Mata de Brejo. As diferenças encontradas podem ser explicadas por vários fatores, tais como: o histórico de perturbação na área, o tempo de regeneração, o grau de isolamento com outros fragmentos, as condições pedológicas e outros fatores ambientais (água, declividade, luminosidade). As parcelas antropizadas têm maior diversidade e riqueza, entretanto, a afinidade entre as parcelas é dada pela fitofisionomia que ocupam e não pelo grau de antropização.