Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lima, Tiago de Moraes Tavares de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-18012023-115202/
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Resumo: |
O presente trabalho consistiu em uma pesquisa qualitativa de referencial psicanalítico, que se propôs a tomar como objeto de sua interrogação as tensões que surgiam em torno da inclusão escolar de alguns alunos do Ensino Fundamental 2. Este grupo foi escolhido por colocarem em questão seu próprio lugar institucional enquanto alunos de inclusão: se em certos momentos, parecia adequado aos olhos da escola que ocupassem um lugar de exceção em relação aos demais, por outro parecia que a inclusão só seria possível se saíssem justamente dessa posição. Colocavam, assim, para a escola, a pergunta de se a escola inclusiva deveria ser uma escola diferente, organizada em torno do respeito à singularidade para que a fronteira que os separava dos demais fosse finalmente apagada. Acompanhou-se a maneira como a escola encaminhava as tensões envolvendo estes alunos e organizou-se a análise dessas tensões em três conjuntos: tensões em torno do estudo; tensões em torno das regras e da moral; e tensões relacionadas ao grupo classe e à adolescência. Tomou-se como princípio metodológico que as tensões fossem interrogadas como sintomas, de acordo com o aforismo lacaniano de que um sintoma representa o retorno da verdade na falha de um saber. O trabalho então qualifica as tensões de maneira a perguntar em que situações, e de que forma, certas situações de impasse puderam se atualizar em uma transformação, bem como quais conflitos seriam tributários de tensões inerentes à educação. Neste sentido, argumenta-se, a partir dos casos, e em cada uma das três partes do texto, que há na educação (a) uma tensão entre um universal e um particular, da qual, esperase, possa se produzir um sujeito singular; (b) um limite da ordem do interdito simbólico; e (c) um campo de (des)encontros com a semelhança e a diferença. Além disso, incluir é determinar, inscrever, e envolve a transmissão de marcas e saberes particulares. Conclui-se que a inclusão é processo que passa por uma escuta às contingências do encontro entre aluno e escola (o que não se confunde com o aluno enquanto caso individual ou psicológico) e que se dá no tempo. Nesse sentido, a escola por princípio indistinta da escola inclusiva é um campo potente para a narrativa e escrita dessa história. |