Escrever a clínica em psicanálise : possibilidades metodológicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Wieczorek, Rodrigo Traple
Orientador(a): Kessler, Carlos Henrique
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/186115
Resumo: Nossa pesquisa tem origem no amplo campo da relação da psicanálise com a universidade. A partir do reconhecimento que essa relação é marcada por impasses, mas também por potencialidades, restringimos o foco da nossa pesquisa para as possibilidades de pesquisa clínica em psicanálise. O momento seguinte foi dedicado a fazer um levantamento das metodologias de escrita a partir de material clínico, resultando em encontrar cinco. A construção do caso de Pierre Fédida, a construção do caso de Carlo Viganò, a escrita da clínica de Simone Rickes, o traço do caso de Dumézil e o fato clínico de Czermak. Decidimos aprofundar nossa investigação nas duas últimas metodologias citadas por sua potencialidade teórica e de formação na psicanálise, mas curiosamente apresentando uma escassez de publicações. Logo, apresentamos exemplos de casos clínicos escritos a partir dessas metodologias e comentamos suas similaridades, diferenças, limites e potencialidades. Finalmente destacamos o modo de fazer operar a clínica com a teoria. Sublinhamos como a noção de ficção como operador a partir do real que é a clínica se oferece como suporte para fazer os conceitos como ferramentas. A partir da clínica, podemos construir um caso, escrever fazendo contorno no real, apreender um traço, propor um fato clínico. Consideramos que são essas ferramentas teóricas que permitem que operemos no campo abstrato, trabalhando hipóteses para tocar o que é de certa forma inacessível na clínica e assim produzimos e colhemos os efeitos da psicanálise.