Avaliação da infiltração bacteriana através da interface implante-conector protético sob aplicação de carga - avaliação in vitro pelo método DNA Checkerboard

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Nascimento, Cássio do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-18102010-161559/
Resumo: A passagem bacteriana através da interface entre implante e conector protético com a conseqüente colonização dos implantes tem sido relatada em diversos estudos na literatura. O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a passagem de espécies bacterianas da saliva humana para o interior dos implantes através da interface implante-conector protético após simulação de carga cíclica controlada. Foram avaliados 60 implantes de um sistema de 2 componentes e seus respectivos conectores protéticos, divididos em 3 grupos de acordo com o tipo de conexão utilizado: hexágono externo, hexágono interno e cone morse. Cada grupo foi dividido em 2 subgrupos (n=10), submetidos à aplicação de carga e controle. Previamente ao teste, amostras do interior dos implantes foram coletadas para servirem como controle negativo da contaminação. Os conectores foram adaptados aos implantes com um torque final de 20 Ncm, de acordo com a recomendação do fabricante. Os conjuntos foram imersos em saliva humana e submetidos a 500.000 ciclos de carga com uma força de 120 N ou incubados em 35°C durante 7 dias sem aplicação de carga (controle). A eventual contaminação do interior dos implantes foi avaliada após o período experimental usando o método DNA Checkerboard. Microrganismos foram encontrados no interior dos implantes de todos os tipos de conexões avaliadas após o teste de carga cíclica. Os grupos cone morse apresentaram os menores valores de contagem bacteriana nos grupos submetidos a ciclagem de carga e controle. Os implantes submetidos à carga cíclica apresentaram maiores valores de contagem bacteriana do que seus respectivos controles no hexágono externo e interno. Nenhuma espécie bacteriana foi encontrada abrigando o interior dos implantes antes do teste de contaminação (controle negativo). Os implantes do grupo cone morse apresentaram menores quantidades de microrganismos nas duas condições testadas. Pode-se concluir que espécies bacterianas provenientes da saliva humana podem penetrar através da interface implante-conector protético com ou sem a simulação de carga cíclica, e que a aplicação de carga contribuiu para o aumento da contaminação nos implantes com conexão hexagonal externa e interna.