Avaliação in vitro pelo método DNA-Checkerboard da eficácia de uma pasta antimicrobiana e da adição de sais de prata em pilares protéticos, no controle da contaminação bacteriana através da interface implante-conector

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Fernandes, Flávio Henrique Carriço Nogueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-04122012-170450/
Resumo: A odontologia reabilitadora moderna preconiza cada vez mais o uso de implantes dentais para a substituição de dentes ausentes. É sabido que micro-organismos presentes na cavidade oral, em especial os relacionados à doença periodontal, são responsáveis pelos maiores índices de insucesso dos implantes. Este trabalho estudou a ocorrência de infiltração bacteriana através da interface implante-conector protético de implantes Cone Morse (CM) e Hexágono Interno (HI) após a associação com uma pasta antimicrobiana ou a adição de sais de prata nos pilares. Foram utilizados 72 implantes odontológicos de titânio (PROSS® - Sistema de Implantes, Dabi-Atlante, Ribeirão Preto, Brasil), 36 com conexão do tipo hexágono interno e 36 com conexão do tipo cone-morse, divididos em grupos, da seguinte forma: Grupo Pasta Antimicrobiana- 12 conjuntos implantes HI/conectores protéticos e 12 conjuntos implantes CM/conectores protéticos, Grupo Íons de Prata- 12 conjuntos implantes HI/conectores protéticos e 12 conjuntos implantes CM/conectores protéticos e Grupo Controle- 12 conjuntos implantes HI/conectores protéticos e 12 conjuntos implantes CM/conectores protéticos. Os implantes e os conectores protéticos foram retirados de suas embalagens para aplicação do torque final (20N/cm). Antes disso, em um dos grupos experimentais, uma camada da pasta antimicrobiana foi aplicada sobre a superfície interna dos implantes e conectores protéticos e seus respectivos parafusos. Os conjuntos implantes-conectores foram parcialmente imersos na solução de saliva humana em tubos de ensaio e incubados em estufa bacteriológica a 37°C durante 7 dias. Após esse período, amostras do conteúdo interno dos conjuntos implantes-conectores protéticos dos 3 grupos foram colhidas com o objetivo de detectar e quantificar os micro-organismos presentes, utilizando para isto, a técnica de hibridização com sondas de DNA genômico DNA Checkerboard. Os implantes de conexão do tipo cone morse apresentaram menores valores de contagem de bactérias quando comparados aos implantes hexágono interno no grupo Controle (p<0,001), já para o grupo Íons de prata e Pasta antimicrobiana, foi observado comportamento inverso, maiores valores de contagem de bactérias para os implantes Cone Morse. Comparando-se os implantes de mesma conexão, entre os 03 grupos examinados, as amostras dos implantes Cone Morse dos grupos Controle, Íons de prata e Pasta antimicrobiana apresentaram valor de contagens de micro-organismos em ordem crescente. Os implantes de conexão hexágonal interna dos grupos Controle apresentaram maiores valores de contagens de micro-organismos seguidos pelos implantes do grupo Pasta antimicrobiana e Íons de prata, respectivamente. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que houve a passagem dos 43 micro-organismos analisados in vitro através da interface implante/componente protético em ambos os sistemas avaliados. Para ambos os tratamentos (adição de sais de prata às paredes dos pilares protéticos e aplicação da pasta antimicrobiana no interior dos implantes) houve diminução da infiltração microbiana no interior daqueles sistemas de conexão do tipo Hexágono Interno.