A ornamentalidade dos capitéis do claustro Sant Benet de Bages: as funções do decor na arte românica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Aline Benvegnú dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-26052015-102954/
Resumo: O claustro do mosteiro beneditino de Sant Benet de Bages, na Catalunha espanhola, é caracterizado pela grande quantidade e diversidade de elementos ornamentais esculpidos em seus capitéis, o que é um importante indício de como a ornamentação se constituía em tanto que instância fundamental para a estética medieval. No entanto, até hoje poucas pesquisas foram realizadas sobre este claustro, o que é revelador da pouca atenção dada pela historiografia da arte tradicional ao tema da ornamentação. De modo geral, as imagens medievais mais valorizadas enquanto objeto de estudo são as historiadas. Isso em muito se deve à supervalorização da ideia de Bíblia dos iletrados, em detrimento de uma análise mais profunda sobre a presença estrutural e da complexidade dos diversos elementos que compõem as imagens, dentre os quais, os elementos ornamentais. Os trabalhos existentes sobre o tema da ornamentação e sua presença nas imagens medievais são, com poucas exceções, superficiais, procurando categorizações estilísticas e raízes filológicas. Uma das exceções é a obra do medievalista e teórico da arte francês Jean-Claude Bonne, principal marco teórico de nossa pesquisa, e que cunhou os conceitos de ornamental e ornamentalidade. A partir destas noções é que nos dedicamos ao estudo do claustro de Sant Benet de Bages, considerando os papéis estruturantes da ornamentação na economia imagética medieval e a diversidade de funções que ela pode adquirir, relacionando-a ao contexto sócio-histórico onde foi produzida.