Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Gabriel Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-12092022-103808/
|
Resumo: |
Ao longo de suas histórias evolutivas, os representantes do filo Porifera estabeleceram complexas associações com vários filos de microrganismos. Essa microbiota está diretamente relacionada à fisiologia desses animais e tem sido o foco de vários estudos nas últimas décadas. Historicamente, a maioria dessas investigações foca na fração do microbioma composta por bactérias, arqueias e fungos. Entretanto, nossa compreensão da natureza das complexas associações entre protistas e esponjas ainda é limitada e carece de investigações. Esses microrganismos possuem uma grande diversidade de formas e metabolismos e ocupam vários nichos ecológicos. Buscando entender como eles se relacionam com as esponjas, realizamos uma revisão detalhada da literatura que versa sobre as interações entre protistas e Porifera observando o estado do conhecimento e principais desafios da área. Identificamos que um grupo de protistas conhecido como Labyrinthulomycetes constitui um dos principais obstáculos para o estabelecimento de culturas celulares desses invertebrados marinhos. Investigamos a natureza da associação entre Labyrinthulomycetes e duas esponjas marinhas tropicais: Hymeniacidon heliophila e Haliclona melana. Através de uma abordagem dependente de cultura, caracterizamos a morfologia geral dos isolados e inferimos sua identificação. Em conjunto, fizemos testes de degradação de diferentes substratos e a identificação de seus ácidos graxos, a fim de obter um perfil metabólico e avaliar seu potencial biotecnológico. Neste trabalho nós discutimos o papel dos protistas como um importante componente do microeucarioma das esponjas assim como reportamos os primeiros isolamentos sistemáticos de Labyrinthulomycetes a partir de culturas primárias de células de esponjas marinhas. Obtivemos três isolados com características morfológicas e bioquímicas distintas pertencentes às famílias Thraustochytrida e Labyrinthulida. Observamos que um dos isolados (HAL1) possui grande potencial para futuras explorações biotecnológicas, porém os outros (HYM1 e HAL2) ainda necessitam ser melhor investigados. Em vista das evidências, concluímos que estes protistas podem estar associados a essas esponjas marinhas de forma comensal ou mutualista. O trabalho até então realizado constitui um importante passo no entendimento da complexa e pouco estudada associação entre protistas e Porifera. |