Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Domingos, Giovanna Begotti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8165/tde-20122024-112635/
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Resumo: |
Nesta pesquisa objetivou-se analisar a forma como a imagem de Emily Dickinson foi retratada em paratextos de livros de tradução publicados no Brasil. Dickinson foi uma poeta estadunidense que nasceu no século XIX e atingiu grande sucesso póstumo, ultrapassando as barreiras do tempo e mantendo sua importância até mesmo no século XXI. No entanto, desde a primeira publicação, em 1890, sua vida e obra passaram a ser objeto de manipulações e apagamentos, resultando na criação do mito da \"Bela de Amherst\". Com inúmeros mistérios rondando sua história, a poeta ganhou espaço nos estudos da crítica literária, sendo representada de várias formas distintas, desde a reclusa solteirona até um símbolo feminista e queer. Dessa forma, a pesquisa parte da hipótese de que, assim como os estudos acerca da vida de Emily Dickinson, os paratextos de livros traduzidos também moldaram a imagem da poeta a fim de atender a diferentes objetivos, seja para encaixá-la em um contexto específico no tempo e espaço ou para reparar erros e apagamentos em sua história. A pesquisa é qualitativa, na qual prevalece a abordagem discursiva analítica a partir dos estudos de gênero. Os elementos paratextuais que compõem o corpus são os que apresentam características biográficas de Dickinson, algumas exibidas em Introduções, outras em Prefácios e/ou Posfácios. As edições selecionadas são as seguintes: Aíla de Oliveira Gomes (1985), José Lira (2006, 2011), Isa Mara Lando (2010) e Adalberto Müller (2020, 2021); além do Prefácio da editora Cristanne Miller (2020) para a coletânea de poemas traduzidos de Müller (2020). Os fundamentos da pesquisa são teorias a respeito da tradução, paratextos e estudos de gênero, as representações míticas de mulheres e a representação de Dickinson pelas diversas vertentes da crítica literária. A análise demonstrou que a figura de Dickinson de fato foi moldada de maneiras diferentes nos paratextos, havendo pouco consenso nos dados biográficos apresentados, que ora seguiam os estudos críticos de cada época e ora tentavam se adequar a uma nova sociedade, porém, em geral, o retrato da poeta foi guiado pelo viés ideológico das pessoas tradutoras e da editora mencionadas |