Avanços e dificuldades para melhoria do acesso e qualidade na atenção básica: uma avaliação a partir das próprias equipes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Porto, Helio Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-25052018-150027/
Resumo: A autoavaliação por parte das Equipes de Atenção Básica à Saúde (EAB) é um dos componentes da fase de desenvolvimento do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB). Motivado pela experiência de participação como pesquisador no processo de avaliação externa do programa, este estudo buscou identificar avanços e dificuldades auto referidos pelas EAB do DRS III - Araraquara que aderiram ao segundo ciclo do PMAQ-AB. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de corte transversal no tempo, que se valeu de dados primários obtidos a partir de um questionário construído pelo pesquisador similar à matriz de intervenção do instrumento Auto Avaliação para Melhoria do Acesso e Qualidade (AMAQ), a fim de identificar os Objetivos/Metas (O/M) alcançados, considerados como avanços, e os não alcançados ou parcialmente alcançados, tomados como dificuldades. As entrevistas foram feitas com profissionais componentes das EAB que participaram da autoavaliação e da construção da Matriz de intervenção. Participaram do estudo 47 equipes de 16 municípios distribuídos pelas quatro regiões de saúde do DRS III. Os O/M relatados pelos entrevistados foram avaliados segundo o número de avanços e dificuldades, por região de saúde, por município e pelas subdimensões existentes nas dimensões 3 - Unidade Básica de Saúde e 4 - Educação Permanente, Processo de Trabalho e Atenção integral à Saúde. Constatou-se a existência de 236 O/M definidas nas matrizes de intervenção das equipes participantes. Destes, 156 (66%) foram avanços e 80 (34%) foram dificuldades - sete (3%) parcialmente alcançados e 73 (31%) não alcançados. Dos 156 O/M alcançados, 83% correspondem a duas subdimensões da dimensão 4: Atenção Integral à Saúde, com 67 (43%) e Organização do Processo de Trabalho com 63 O/M alcançados (40%). Considerando que os achados evidenciam o predomínio de avanços na melhoria do acesso e da qualidade, reforça-se a importância da auto avaliação das equipes, da ampliação e consolidação da cultura avaliativa no sentido do aprimoramento dos processos de produção do cuidado em saúde e do PMAQ como parte de uma política indutora de mudanças nas práticas na Atenção Básica, contribuindo para a melhor assistência e ampliação do acesso dos usuários aos serviços de saúde.