Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Scherbaty, Daniele |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7144/tde-30102024-171231/
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Resumo: |
Introdução: No Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada oficialmente a porta de entrada preferencial do sistema de saúde e tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para a organização dos serviços. Logo, para que a população possa acessar o serviço de saúde, o acesso é considerado como a primeira etapa a ser superada pelo usuário. Para isso, alguns países têm desenvolvido dispositivos de reorganização do acesso na APS. Um deles é o Acesso Avançado (AA) ou Open Access, que tem como objetivo Fazer hoje o trabalho de hoje. O AA amplia o acesso à demanda espontânea ao mesmo tempo em que organiza o atendimento dos grupos prioritários, além de fechar a lacuna no tempo entre a oferta e a demanda, entre a demanda rotineira e a demanda urgente. Dessa forma, o AA acaba por favorecer a diminuição do absenteísmo, porém em contrapartida compromete a longitudinalidade ao não assegurar ao paciente o atendimento com seu profissional de referência. Conceituamos longitudinalidade sendo a relação pessoal de longa duração entre profissionais de saúde e pacientes, permeada por fortes laços interpessoais que refletem a cooperação mútua entre as pessoas e os profissionais de saúde. Assim, parte-se do pressuposto que, entre os desafios da implementação do Acesso Avançado, a longitudinalidade do cuidado concede a possibilidade para conhecer o usuário, seu contexto social, hábitos de vida e problemas de saúde, permitindo intervenções adequadas e resolutivas. Objetivo: Conhecer o Atributo Acesso de primeiro contato - Utilização e Acessibilidade e o Atributo longitudinalidade do cuidado após o processo de implementação do Acesso Avançado na Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo descritivo analítico comparativo, com abordagem quantitativa, realizado com usuários maiores de 18 anos, de 5 Unidades de Estratégia Saúde da Família, que estão sob administração direta da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE), da região Sul da cidade de São Paulo. Resultados: As eSF apresentam uma média de 3.509 usuários por eSF. o Atributo acesso de primeiro contato - acessibilidade apresentou escore baixo para 5 UBS, tendo este correlação direta com o Atributo longitudinalidade este por sua vez apresentou escore APS próximos da linha de corte para as 5 UBS. Os dados da UPC após a implementação do AA foi <0.6 em 3 UBS. Conclusão: As eSF devem ter entre 2000 a 3500 pessoas adscritas conforme descrito pela PNAB (2017), levando em consideração a vulnerabilidade desta população; O Atributo Acesso de primeiro contato - Acessibilidade apresenta correlação direta com o Atributo Longitudinalidade do Cuidado. Sendo assim, quanto menor a acessibilidade, menor a longitudinalidade; A implementação do AA pode impactar negativamente o atributo longitudinalidade do cuidado; A presença de equipes irmãs pode ser um dificultador para alcançar uma boa longitudinalidade do cuidado. Considerando que os resultados deste estudo foram satisfatórios e relevantes, espera-se que possam nortear estratégias de melhorias ao longo da implementação do AA ou reestruturar pontos importantes nas eSF que já implementaram o AA. Sendo um instrumento importante para a prática dos gestores e para as eSF. |