Habilidades para a comunicação em saúde em universitários da área de fonoaudiologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Apolônio, Ana Luiza Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-09122021-095958/
Resumo: Sabe-se que o bom uso de habilidades comunicativas entre profissionais da saúde e pacientes trazem benefícios desde a adesão ao tratamento, satisfação dos usuários até diminuição da dor. Apesar disso, o modelo biomédico ainda é predominante na área da saúde, por isso o ensino de habilidades comunicativas que embasem uma prática centrada no paciente desde a graduação tem sido cada vez mais recomendado por pesquisadores. Na área da fonoaudiologia alguns autores sugerem que a análise do estágio clínico supervisionado é uma das maneiras mais eficazes para a compreensão do desenvolvimento dessas habilidades. O estudo buscou identificar e analisar o desenvolvimento do repertório de habilidades de comunicação em estudantes de fonoaudiologia na interação com o paciente em dois estágios clínicos. Participaram da pesquisa duas juízas com formação em psicologia, 25 estudantes matriculados em dois estágios clínicos, três professoras-supervisoras e 32 pacientes adultos. A coleta de dados aconteceu durante três meses, uma vez ao mês os alunos tiveram os atendimentos gravados e as filmagens foram analisadas pelas juízas e professoras-supervisoras enquanto os estudantes realizaram autoavaliações após os atendimentos O guia Calgary-Cambridge foi utilizado como referência para as análises e autoavaliação. Os pacientes foram entrevistados após os atendimentos. Os dados foram submetidos ao Teste de Friedman e Bonferroni como post hoc, as entrevistas analisadas qualitativamente. Os resultados apontaram que houve diferença estatisticamente significativa ao longo do estágio apenas na habilidade de Estabelecer o contato inicial. Concluiu-se que os estudantes apresentaram bom uso das habilidades desde o primeiro mês de atuação com melhora do repertório ao final do estágio. Os grupos têm percepção similar quanto ao uso positivo das habilidades, sendo que a avaliação mais positiva foi dos pacientes, porém, houve divergências sobre as habilidades que se destacaram positivamente e as que merecem atenção devido às características dos estágios, experiências anteriores de pacientes e supervisoras bem como necessidade de constante feedback de desempenho para que os estudantes possam (auto)monitorar suas habilidades.