Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Ricardo Lucio Basso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-31082011-123434/
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Resumo: |
Vários aspectos do relacionamento entre mamíferos, como pareamento sexual e relações de grupo, requerem o reconhecimento de indivíduos. Sinais químicos são fundamentais nesse contexto, pois permitem a identificação individual e sexual. Roedores são animais que apresentam um senso olfatório muito desenvolvido e o empregam em sua comunicação social. Neste trabalho foi investigada a espécie de rato-de-espinho Trinomys yonenagae, conhecido como rabo-de-facho. T. yonenagae habita o semiárido, é colonial e fossorial. É uma das espécies mais conhecidas entre os equimídeos e um elemento-chave na Área de Preservação das Dunas e Veredas do Médio São Francisco, na Caatinga. Um paradigma habituação-discriminação foi usado para investigar a capacidade de T. yonenagae discriminar odores vindos da urina de conspecíficos desconhecidos. Foram usados: a) machos como sujeitos (n = 8) e fêmeas como doadoras (n = 2); b) fêmeas como sujeitos (n = 8) e machos como doadores (n = 2); c) machos como sujeitos (n = 8) e fêmeas como doadoras do pool de urina (n = 8); d) fêmeas como sujeitos (n = 8) e machos como doadores do pool de urina (n = 8). A duração de cada sessão dos testes foi de 10min. Durante três dias consecutivos o mesmo sujeito foi exposto ao odor A de um único doador. No quarto dia (teste de discriminação), o sujeito foi exposto simultaneamente ao odor A e ao odor de um novo doador (B), e o tempo de investigação de A e B foi medido. Não houve diferença significativa para as fêmeas, tanto na habituação [Anova, F=0,82; p=0,454] quanto na discriminação [teste t de Student [t7=1,078; sig. (2-tailed)=0,317] quando o odor era individual. Porém, houve diferença estatisticamente significante [F=3,67; p=0,043] tanto na habituação, como na discriminação [t7 = 3,605; sig. (2-tailed)=0,009] quando as fêmeas investigaram o odor vindo de um pool de urina. Entre os machos, tanto no grupo de doadores individuais quanto no grupo do pool de urina houve diminuição significativa [F=6,866; p=0,005] e [F=7,42; p=0,004 (pool)] no tempo em que os animais investigavam o odor A, da primeira para a segunda e terceira habituação. Na discriminação, também houve diferença significativa [t7=4,466; sig. (2-tailed)=0,003] e [t7=3,629; sig. (2-tailed)=0,008 (pool)] sendo o odor B mais investigado do que o odor A. Os resultados indicam que Trinomys yonenagae pode discriminar odores de coespecíficos e que há diferenças entre machos e fêmeas. Essa capacidade é significativa para um roedor de pequeno porte, de vida colonial, fossorial e de baixo metabolismo |