Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santana, Valdinéia do Carmo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-24082021-154059/
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Resumo: |
O pronto-socorro têm se mostrado um ambiente onde os pacientes ficam internados por longo tempo, desta forma os serviços de emergências sofrem descaracterização dos atendimentos. Uma grande problemática é quantitativo insuficiente de trabalhadores da saúde relacionado ao cuidado exigido e a crescente procura de atendimento dos pacientes de maior complexidade. Para prover o quantitativo e qualitativo dos profissionais de enfermagem é indispensável o atendimento individualizado, integral e sistematizado, almejando assistência adequada dos usuários, a enfermagem precisa categorizar o nível de dependência dos pacientes. Desta forma, tornou-se relevante avaliar a clientela quanto a necessidade de assistência de enfermagem, a fim de colaborar para proteção do paciente e um cuidado de excelência no pronto socorro, fornecendo dados para gerir as demandas dos profissionais de enfermagem da unidade e auxiliando a alocação mais eficaz da equipe. Este estudo objetivou avaliar o grau de complexidade assistencial dos pacientes internados nas enfermarias do pronto socorro adulto de um hospital de grande porte utilizando um Sistema de Classificação do Paciente. Trata-se de um estudo quantitativo, de natureza exploratória, executado no pronto socorro adulto (PSA) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro em Minas Gerais (HC-UFTM) no qual foram averiguados os prontuários dos pacientes internados no PSA entre os meses de janeiro a dezembro de 2018. Para análise da complexidade assistencial foi utilizado o Sistema de Classificação de Paciente Fugulin e para coleta das variáveis sociodemográficas e clínicas foi utilizado um formulário desenvolvido pela autora. Foram incluídos 308 prontuários de pacientes. Os resultados mostraram que independente da variável analisada, a maioria dos pacientes foram classificados como Cuidados de alta dependência ou Cuidados intermediários. Não foi observada associação entre as variáveis sociodemográficas, comorbidades e hábitos de vida com a complexidade assistencial de acordo com a classificação de Fugulin. Houve predominância por pacientes do sexo masculino (53,9%), idade superior a 60 anos (62,3%). Em relação à regulação, observa-se predominância da Vaga Zero (42,9%), o tipo de regulação foi estatisticamente associado à complexidade assistencial. Notou-se grande frequência de comorbidades na amostra estudada, sendo que apenas 18 pacientes não apresentavam comorbidades. As comorbidades mais prevalentes na população deste estudo foram a hipertensão arterial sistêmica (HAS) (58,1%), cardiopatia (26,9%) e diabetes Mellitus (DM) (22,1%). Houve associação estatisticamente significante entre a necessidade de suporte ventilatório, sedação e uso de drogas vasoativas com a complexidade assistencial avaliada pela Classificação de Fugulin, destacando-se os pacientes classificados como Cuidados de alta dependência e Cuidados intermediários. O tempo médio de internação hospitalar foi de 7 dias, estando associado à complexidade assistencial. Em relação à classificação de risco, houve predominância das cores laranja (50,6 %) e amarelo (47,4%), sendo essas associadas à complexidade assistencial. Este estudo mostrou uma elevada dependência da assistência de enfermagem exigido pelos pacientes internados nas enfermarias do Pronto Socorro. |