Carga de trabalho de profissionais de enfermagem em pronto socorro: proposta metodológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Rossetti, Ana Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-18012011-084203/
Resumo: O objetivo deste estudo foi propor uma metodologia para identificar carga de trabalho de enfermagem em Pronto Socorro Geral. Trata-se de estudo descritivo exploratório, do tipo estudo de caso, realizado em um Hospital Geral, de atenção secundária que integra o Sistema Único de Saúde, com gestão por Organização Social, localizado no município de São Paulo. Os dados foram coletados de junho a agosto de 2010 por meio de instrumentos específicos. Para identificar a carga de trabalho das áreas em que houve atendimento para avaliação da gravidade e realização de procedimentos, como: Sala de choque, Sala de sutura e Sala de medicação/procedimentos de pacientes adultos e pediátricos, os dados foram coletados por meio de planilhas para registrar o tempo disponibilizado pela enfermagem para os pacientes. Nas áreas em que o paciente permaneceu em observação ou aguardando internação, como: Sala de emergência e Observações de pacientes adultos e pediátricos, utilizaram-se instrumentos reconhecidos na literatura. Para calcular a carga de trabalho da Sala de emergência, utilizou-se o Nursing Activities Score, considerando que essa área é similar a uma Unidade de Terapia Intensiva. Para as Observações de pacientes adultos e pediátricos foi utilizada a categoria de cuidado e o Sistema de Classificação de Pacientes específicos para unidades de internação de pacientes adultos e pediátricos. Pela característica da coleta de dados, obtiveram-se amostras distintas em cada área do PS. O tempo médio de assistência de enfermagem por paciente foi encontrado e a carga média diária de trabalho de cada área foi calculada por meio de equações e apresentada em horas e na relação entre enfermagem-paciente nas áreas em que o paciente permaneceu em observação ou aguardando internação. Na Triagem de classificação de risco, por tratar-se de consultórios que funcionam ininterruptamente, a carga diária de trabalho foi de 48 horas (1:1 consultório). Nas demais áreas, a carga média diária de trabalho encontrada foi: na Sala de choque, 27,8; na Sala de emergência, 170,7 (1:1,2); na Observação de pacientes adultos, 293,6 (1:3,5); na Observação de pacientes pediátricos, 108,7 (1:2,1); na Sala de medicação/procedimentos de pacientes adultos, 169,0; na Sala de medicação/procedimentos de pacientes pediátricos,63,8; e na Sala de sutura, 8,7. Os instrumentos utilizados para coleta de dados mostraram-se adequados, no entanto, os utilizados na Sala de choque e Sala de medicação e procedimentos de pacientes pediátricos não contemplaram a assistência por mais de um profissional de enfermagem para um paciente. Com este estudo, foi possível propor uma metodologia para identificação da carga de trabalho em Pronto Socorro geral e assim subsidiar o dimensionamento de profissionais de enfermagem.