Estudo da corrosão em tubulações de aço-carbono utilizada na distribuição de água potável em solução de hipoclorito de sódio.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Reginaldo Carvalho da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
EIS
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-23092021-110035/
Resumo: Água, bem natural essencial à vida, não tem recebido a merecida importância devido à ilusória sensação de abundância. A falta de entendimento do seu complexo ciclo e o desperdício têm resultado em problemas de escassez, comprometendo a qualidade de vida das populações. Estima-se uma perda por volta de 40% de toda água tratada e distribuída pelas concessionárias de países em desenvolvimento como o Brasil. No caso especifico das tubulações metálicas, a corrosão é identificada como a principal causa de falhas. Na produção de água potável é essencial o tratamento de desinfecção, o qual é principalmente realizado pela introdução de cloro livre à água. Por sua vez, a rede de distribuição de água potável no Brasil é basicamente constituída por aço carbono. Neste contexto, no presente trabalho, está sendo investigada a resistência à corrosão do aço ASTM A1018, que é largamente utilizado na rede de distribuição de água potável no estado de São Paulo, em solução contendo 3,0 mg?L-1 de Cloro Livre Residual (CLR), que corresponde à concentração empregada nos tratamentos de desinfecção de água potável. O comportamento de corrosão foi avaliado por medidas de potencial de circuito aberto, resistência de polarização linear, curvas de polarização anódica e catódica e por espectroscopia de impedância eletroquímica em função do tempo. Os ensaios eletroquímicos foram acompanhados pela caracterização microestrutural do substrato e dos produtos de corrosão. Os resultados mostraram que o aço é fortemente sensível à corrosão no meio investigado, e que a corrosão é iniciada preferencialmente nas ilhas de perlita que constituem a microestrutura deste aço. Com o tempo de contato com o meio, a superfície fica recoberta por uma camada de magnetita não protetora, em cujo topo está presente uma camada espessa e pouco aderente de lepidocrocita. Os resultados dos ensaios de polarização catódica indicaram redução eletroquímica do CLR, enquanto os ensaios de espectroscopia de impedância eletroquímica, que foram interpretados com auxílio de ajuste por circuito equivalente, indicaram que o eletrodo de ferro se comporta como um eletrodo poroso desde o início do processo corrosivo.