Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Pegolo, Giovana Eliza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-06032006-154634/
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Resumo: |
A infância e a adolescência são períodos ideais para a promoção de hábitos alimentares e de um estilo de vida saudáveis. Contudo, no Brasil, o acervo de pesquisas produzido sobre a adolescência ainda é escasso e refere-se predominantemente às condições dos jovens moradores dos grandes centros urbanos. Na maioria das vezes não são levados em consideração à diversidade que caracteriza a infância e a adolescência no meio rural. Esta pesquisa, teve entre seus objetivos a análise do estado nutricional, consumo de alimentos e as condições de vida de escolares (n = 150), de ambos os gêneros, residentes, majoritariamente, na zona rural e matriculados na rede pública de ensino de Piedade, Estado de São Paulo. Foram analisados os indicadores antropométricos (escore Z de altura para idade - ZAI e Z de peso para idade - ZPI) e a distribuição dos percentis do Índice de Massa Corporal - IMC. Junto aos escolares, foram obtidas informações, por meio da aplicação de um Recordatório de 24 horas e de questionário relativo à adesão ao Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE e aquisição de alimentos nas cantinas e similares. As informações relativas às condições socioeconômicas foram obtidas junto aos pais/responsáveis. No que diz respeito ao estado nutricional, destaca-se a prevalência de 4% de escolares com escore ZAI < −2 (déficit de altura). Chama a atenção a proporção de escolares com IMC ≤ 5º P (10,7%), proporção que é praticamente o dobro da esperada (5%). Além disso, cabe ressaltar a reduzida prevalência (6,6%) de escolares com IMC ≥ 95º P (obesidade). No tocante ao consumo de alimentos, destaca-se que proporção expressiva de escolares revelou reduzida ingestão de energia (consumo médio de 1887,74 kcal), fibras, vitamina A, folacina, ácido pantotênico, cálcio, magnésio, zinco, potássio e fósforo. Foi identificada substancial ingestão de sódio. Quando se analisa a participação dos macronutrientes no Valor Energético Total − VET, observou-se que cerca de 47% dos escolares revelaram dietas classificadas como adequadas. A maioria (52,5%) dos escolares revelou adotar dietas classificadas como inadequadas. No que se refere à adesão ao PNAE, foi identificado que 81,3% dos escolares declararam consumir as refeições oferecidas na escola. No entanto, entre os alunos que consomem a "merenda escolar" rotineiramente, 66,4% registraram "não gostar" das refeições. Cabe ressaltar que foi captada associação estatisticamente significativa entre atividade física e estado nutricional. A adoção de atividades educativas, bem como de monitoramento do estado nutricional, podem atuar de forma decisiva na prevenção de situações que possam conduzir ao excesso de peso e na identificação das causas associadas ao baixo peso. O envolvimento dos órgãos de saúde e educação na implementação de atividades educativas, no âmbito das escolas, notadamente, da rede pública de ensino, assume papel essencial, tendo em vista que o ambiente representa um espaço privilegiado para o estímulo à adoção de um estilo de vida mais saudável. |