Adesão à alimentação escolar e fatores associados em adolescentes de escolas públicas do município de Niterói -RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Andrade, Camila Fonseca de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23087
Resumo: INTRODUÇÃO: A alimentação oferecida no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar constitui uma refeição adequada e saudável. Por isso, mensurar sua adesão apresenta-se como uma importante estratégia de monitoramento da efetividade do programa. OBJETIVO: Analisar a prevalência de adesão à alimentação escolar entre adolescentes, a percepção dos merendeiros, pedagogos e diretores acerca da adesão e os fatores associados em escolas públicas do município de Niterói, RJ. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e qualitativo, abrangendo 787 estudantes, de ambos os sexos, de 10 a 19 anos, matriculados em nove escolas públicas municipais da região metropolitana do estado do RJ. Os dados relativos a adesão à alimentação escolar foram obtidos através do relato dos estudantes por meio da aplicação de um questionário estruturado acerca dos principais componentes da adesão: I- Cardápio escolar; II- Aceitação da alimentação pelos estudantes; III- Consumo de alimentos competitivos com a alimentação saudável na escola. Complementarmente foi aplicado um questionário estruturado aos merendeiros contendo questões similares as dos estudantes e realizadas entrevistas semiestruturadas com os diretores ou pedagogos de cada uma das nove escolas selecionadas para o estudo. Foi verificado se o cardápio executado no dia da visita correspondia ao elaborado pela área técnica de nutrição e a existência de comércio de alimentos no entorno. As variáveis quantitativas foram analisadas por meio de estatística descritiva e realizou-se análise de conteúdo do material qualitativo. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética do HUAP sob o parecer nº 2.949.26 e a inclusão dos participantes no estudo esteve condicionada a concordância e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos profissionias e responsáveis e do Termo de Assentimento Livre e Esclarecido pelos adolescentes. RESULTADOS: O índice de adesão foi de 65,95%. A maioria dos alunos relatou gostar da alimentação, considera o sabor agradável, quantidade adequada, temperatura boa e gosta dos utensílios utilizados. Dentre os fatores relacionados a menor adesão, destacam-se o refeitório não ter lugar para todos se sentarem e fila extensa. O principal motivo relatado pelos adolescentes para deixar de consumir a alimentação escolar foi não gostar da preparação do dia. Observou-se ainda que quanto maior o ano de ensino menor a adesão. Na opinião dos merendeiros a alimentação escolar é boa, os alunos gostam e não há desperdício de alimentos. Tais profissionais parecem ter uma boa percepção da quantidade de alunos que consomem a alimentação escolar. Já os diretores e pedagogos entrevistados demonstraram uma perspectiva positiva sobre a alimentação escolar, relataram não ter um conhecimento profundo sobre o PNAE e destacaram os aspectos que podem ser melhorados como o planejamento dos cardápios, horários das refeições e infraestrutura das unidades. CONCLUSÃO: A adesão à alimentação escolar neste município não está de acordo com os parâmetros preconizados pelo PNAE, principalmente entre os escolares dos últimos anos do ensino fundamental. Identificou-se que alguns fatores demonstraram ser limitadores da adesão e, portanto, são necessárias estratégias envolvendo toda a comunidade escolar visando ao alcance dos objetivos do programa.