Corpos desobedientes em busca de verdades inventadas - um estudo sobre performance e verdade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Campos, Letícia de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27162/tde-08112024-170130/
Resumo: Esse trabalho surge a partir de uma inquietação em torno da verdade e sua relação com a performance, como reflexo e consequência desse imbricamento entre vida e arte. Assim, essa pesquisa se sustenta através de referenciais teóricos como Foucault (2006; 2011; 2022), ao discutir parresía, a coragem da verdade, ideia resgatada da Antiguidade Grega para a contemporaneidade; Féral (2015) ao discutir a noção de verdade como ação, atravessada pelos conceitos de teatralidade e performatividade na cena e no cotidiano. Ainda, o trabalho conta com interpelações de falas de Cristiane Paoli Quito, Janaina Leite, Kenia Dias, Lucienne Guedes e Vera Iaconelli, conversas que permeiam a narrativa da pesquisa, em busca de uma invenção da verdade. O material analisado se refere ao trabalho de Ana Mendieta em Siluetas, Karen Finley em Enter Entrepreneur e Janaina Leite em Stabat Mater. Além dessas obras, há também a organização e investigação do processo de criação da autora desta pesquisa, Letícia Bassit, refletindo sobre a trajetória criativa desde Feminino Abjeto, enquanto atriz, até as ramificações estéticas de Mãe ou Eu também não gozei. Assim, pude chegar à conclusão de que a ideia de verdade é sempre uma invenção, em forma de ação desobediente às normas e dogmas hegemônicos, na busca por si e por uma estética do existir.