Patrimônio fundiário e poder na Paraíba: Comarca de São João do Cariri (1889-1930)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Castro, Maria Isabel Pimentel de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-19052021-170409/
Resumo: Esse estudo teve como objetivo analisar as relações entre poder político e constituição econômica do patrimônio fundiário para perceber de que modo essa conjuntura refletiu no aumento de conflitos agrários, motivados, sobretudo, pela valorização da terra, resultado da expansão da economia algodoeira. Discutimos, inicialmente, de que forma a criação das comarcas está diretamente relacionada ao fortalecimento do poder judiciário e de que modo a Comarca de São João do Cariri, criada em 1854, se tornou a maior da região, tanto no que se refere à extensão territorial, e, principalmente, como a influência da mesma reverberou na política e, por sua vez, nas questões fundiárias. Em seguida, abordamos a forma como acúmulo de bens patrimoniais foi decisivo na edificação de um lugar de destaque para aqueles indivíduos que eram, ao mesmo tempo, homens que detinham o controle da justiça, na condição de juízes e promotores, e chefes políticos, ou seja, ao mesmo tempo, decidiam os destinos daqueles que buscavam os tribunais para a mediação dos conflitos agrários. Essa abordagem só foi possível através do contato com fontes referentes à demarcação de terra, divisão de propriedades, além daquelas envolvendo crimes fundiários, cometidos, muitas vezes, por cangaceiros, e que deram contribuição decisiva a este trabalho e, por sua vez, para a História Agrária.