Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Zvingila, Edward Júlio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-27032017-113638/
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho foi pesquisar as representações de vida e morte existentes nos cemitérios criados em São Paulo até o final da Primeira República (1889-1930) e analisar como essas representações dialogam com a transição de uma sociedade estruturada pela morte para uma sociedade estruturada pela vida, dialogando com os conceitos de biopolítica e biopoder de Foucault. O papel que a morte ocupa na nossa sociedade é resultado da estruturação econômica, cultural, simbólica, histórica. Somos herdeiros de uma concepção de ciência e de sociedade que se constituiu prioritariamente durante a República Velha sob a égide do positivismo, do higienismo, do branqueamento da sociedade e do capitalismo. A vida definida como um pacote de predicados vêm sendo substituída pela ideia de vida como um princípio autopoiético. A morte como evento dissociado da vida também vem se modificando. Foi através dos trabalhos de Foucault, Reis, Cymbalista, Àries, Vovelle que pude perceber que o cemitério, a morte, o morrer possuíam também um caráter educacional. Eram lugares em que os costumes sociais eram validados, transferidos, significados ou abandonados. É sob esta perspectiva fenomenológica que vamos nos aproximar do objeto estudado. Os referenciais metodológicos estão amparados pela hermenêutica e, nesse sentido, recorrer à ideia de percurso antropológico proposto por Durand é uma boa ferramenta de análise da relação entre o objeto e o sujeito. A fotografia, então, deixa de ser imagem e passa a ser um signo repleto de significações, profundidade, relações e sentido, capaz de dialogar com outros símbolos, mitos e rituais. É a hermenêutica que vai permitir o desvelamento interpretativo semântico simbólico das imagens e propiciar o diálogo entre sujeito, objeto e contexto. |