Edifícios escolares e educação em Pelotas-RS na Primeira República (1889-1930).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Piedras, Estela Maris Reinhardt
Orientador(a): Arriada, Eduardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5590
Resumo: Esta pesquisa articula a história da educação com a arquitetura, investigando como os edifícios escolares materializam os tensionamentos do contexto educacional da Primeira República (1889 e 1930) em Pelotas. O objetivo do estudo é identificar os edifícios escolares públicos e privados construídos em Pelotas na Primeira República e suas tipologias, para compreender sua relação com a formação social da educação brasileira naquele local e período. Para isso, a partir do diálogo com pesquisas antecedentes, a discussão teórica contempla a história da educação, a cultura material escolar, a urbanização e a arquitetura escolar no Brasil, no Rio Grande do Sul e em Pelotas. A estratégia teórico-metodológica fundamenta-se nas perspectivas da nova história cultural e da cultura material escolar e, através da pesquisa documental, explora dados oriundos de fontes como arquivos e acervos históricos, almanaques, jornais, revistas, periódicos e desenhos arquitetônicos. O estudo empírico apresenta os edifícios escolares construídos em Pelotas na Primeira República (1889-1930) e sua articulação ao contexto urbano. Destes, são eleitas cinco escolas para exploração aprofundada, sendo elas Gonzaga, João Affonso, Bibiano de Almeida, Mariana Eufrasia e Dona Antonia. Através da observação de suas características, emergem quatro tipologias de edifícios escolares: Edifício Escolar Monumental, Edifício Escolar Padronizado, Edifício Escolar Seriado e Edifício Escolanovista. Os resultados da pesquisa apontam que, entre 1889 e 1930 no município de Pelotas, através de instituições de ensino públicas e privadas, o ensino primário (séries iniciais e integral), secundário e técnico era oferecido em edifícios construídos para essa finalidade, tanto no centro urbano quanto fora dele e nos bairros populosos; tais escolas abarcam quatro tipologias arquitetônicas que constituem a cultura material capaz de tangibilizar as abordagens de educação vigentes naquele período de 40 anos; há evidências de diferenças significativas entre as realidades do ensino privado e público no período, seja com relação aos níveis de ensino ou aos edifícios escolares; enquanto na esfera privada a tipologia é Monumental desde 1906 (Gonzaga), na esfera pública encontram-se tipologias como Edifício Padronizado, a partir de 1922 (João Affonso e Bibiano de Almeida), Edifício Seriado, entre 1922 e 1924 (Mariana Eufrásia), e Edifício Escolanovista, a partir de 1928 (Dona Antonia).