Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Kishore, Angeli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-22112013-171213/
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Resumo: |
Muito se fala sobre as mudanças ocorridas na forma de se enxergar a carreira dos indivíduos, nas últimas décadas. Enquanto a carreira no passado era caracterizada pela mobilidade linear e ascendente, dentro de uma ou poucas organizações, atualmente a carreira vem se tornando cada vez mais sem fronteiras, marcada por transições mais frequentes dentro e fora das organizações. Devido às mudanças surgem necessidades individuais pelo aprendizado contínuo, pela busca do autoconhecimento, pela obtenção de informações e pela gestão da própria carreira, sendo as redes sociais de desenvolvimento aceleradoras do desenvolvimento individual. As redes sociais de desenvolvimento podem ser entendidas como múltiplas relações de apoio ao desenvolvimento, em qualquer momento da carreira, de dentro ou fora das organizações, independentemente da hierarquia. Entre os vários tipos de redes está o mentoring, entendido como uma relação de desenvolvimento entre duas pessoas, na qual o mentor apoia o protegido em seu desenvolvimento. O mentor é aquele que conduz o protegido e é também conduzido na busca da realização total, por meio do provimento de altos apoios de carreira e psicossociais. Embora os estudos acadêmicos sobre mentoring tenham se iniciado há mais de três décadas, a maior parte das pesquisas ainda possui como foco o recebedor dos apoios, entendido como protegido. Todavia, sabe-se que a outra parte da relação, o mentor, é essencial para a existência e para a qualidade do processo de mentoring. Devido à importância do mentor para o desenvolvimento de carreira e à lacuna de estudos sobre esse desenvolvedor, procurou-se responder à seguinte questão: \"Qual é a percepção do mentor sobre a relação de mentoring?\". O público-alvo foram mentores apontados por indivíduos em posições de gestão de pessoas nas empresas, sendo 12 entrevistas realizadas. O estudo foi exploratório, qualitativo e as técnicas de investigação e de análise utilizadas foram a entrevista e a análise de conteúdo, respectivamente. Quanto aos resultados encontrados, observaram-se os apoios do mentor focados no bem-estar de outros, indicando a presença do valor cultural da autotranscendência nas razões para desenvolver do mentor e na percepção das recompensas recebidas por eles. Acredita-se, assim, em uma possível relação entre valores culturais e a percepção do mentor sobre a relação de mentoring. Além disso, foi verificada a preferência dos mentores por protegidos com altas capacidades, levando à reflexão questões sobre o processo de identificação e de similaridade entre as partes. Finalmente, ressalta-se a relação entre o conceito de mentor adotado neste trabalho e o valor da autotranscendência, uma vez que, ao oferecer apoios de carreira e psicossociais, o mentor estimula o outro e é também estimulado na busca do desenvolvimento total da personalidade, da auto-realização e do tornar-se si mesmo. |