Redes sociais de desenvolvimento : um estudo quantitativo sobre alunos de MBA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Kishore, Angeli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-27092007-143514/
Resumo: Nas últimas três décadas, o conceito de mentoria evoluiu em virtude das mudanças econômicas e do mercado de trabalho em todo o mundo. Diminuiu-se a estabilidade econômica e de emprego e aumentou-se a turbulência do mercado de trabalho, levando à noção de empregabilidade. A carreira que antes era organizacional passa a ser entendida como carreira sem fronteiras, que diz respeito à carreira que transcende as fronteiras de uma única organização. Da mesma forma, o conceito de mentoria tradicional evolui para o de redes sociais de desenvolvimento, um conceito totalmente atual no mundo e inovador no contexto brasileiro, no qual esta dissertação de mestrado se embasa, daí a importância desse estudo. A perspectiva das redes sociais de desenvolvimento pode ser entendida como relações de apoio ao desenvolvimento, advindas tanto de dentro como de fora das organizações, em que há participação de vários níveis hierárquicos e de múltiplas relações entre pessoas, ao mesmo tempo e em qualquer momento da carreira. O aprendizado entre as partes, nesse relacionamento, é mútuo e recíproco e as funções oferecidas são as de carreira e psicossociais. Os objetivos centrais deste estudo são verificar as associações entre a diversidade de redes sociais de desenvolvimento e satisfação no trabalho, entre o número de desenvolvedores e satisfação no trabalho e entre as funções de mentoria (de carreira e psicossocial) e satisfação no trabalho. Realizou-se um estudo quantitativo, por meio da aplicação de questionário, sendo analisado por meio da técnica correlação R de Pearson, como forma de se alcançar o objetivo desta pesquisa. A população consistiu em alunos de MBA da FIA, com uma amostra de 265 alunos. Constatou-se, pelas análises dos resultados, a confirmação das hipóteses nulas. Ou seja, para a amostra dos alunos de MBA da FIA, concluiu-se haver baixas correlações entre diversidade das redes sociais e satisfação no trabalho; entre número de desenvolvedores e satisfação no trabalho e, finalmente, entre funções de mentoria (de carreira e psicossocial) e satisfação no trabalho. Além dos resultados acima, foram observadas fortes correlações entre as funções de carreira e psicossocial, para as arenas Trabalho, Família e Amigos, Professores e Comunidade levando à reflexão acerca da qualidade dos relacionamentos interpessoais na cultura brasileira e da relevância da questão do ser humano integral, vista na teoria. Estes resultados sugerem que as redes sociais de desenvolvimento possivelmente sofrem uma grande influência dos aspectos culturais de cada país, o que merece ser estudado futuramente.