Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ramalho, Aline de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-22112024-164736/
|
Resumo: |
Introdução: A lesão por pressão (LP) é uma complicação frequente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com a Covid-19, muitos pacientes tiveram o risco de LP e especialmente de LP relacionada ao dispositivo médico (LPRDM) aumentado. Objetivo: Analisar a prevalência de LP e LPRDM e os fatores demográficos e clínicos associados à sua ocorrência em pacientes de terapia intensiva com e sem Covid-19. Método: Estudo transversal, retrospectivo, realizado em hospital localizado na cidade de São Paulo. Participaram do estudo pacientes com idade maior ou igual a 18 anos que estiveram internados em UTI no período de abril de 2019 a maio de 2021. Dados demográficos e clínicos foram coletados dos prontuários dos pacientes. Dados sobre as LP/LPRDM foram coletados através de consulta à base de dados Indicadores de Prevalência de LP que é preenchida por enfermeiros capacitados, a partir da anamnese e exame físico de todos os pacientes internados, em um dia específico de cada mês. Os dados foram analisados por estatística descritiva e inferencial. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Resultados: A amostra foi composta por 425 pacientes (210 com Covid-19 e 215 sem a doença). A maioria era do sexo masculino (n = 286/67,3%), com média de idade 70,1 anos (DP =18,4) para pacientes sem Covid e 66,4 anos (DP = 14,3) para aqueles com Covid. Em ambos os grupos a principal comorbidade foi a hipertensão arterial (n = 119/28,0%). A prevalência de LP foi de 34,1% (145/425), sendo que o grupo sem Covid apresentou prevalência de 26,7% (56/215) e no grupo com Covid, a prevalência foi de 43,8% (92/210). A prevalência de LPRDM foi de 16,2% (69/425), sendo 6% (13/215) no grupo sem Covid e no grupo com este diagnóstico 26,7% (56/210). A maioria das LP não relacionadas a dispositivos era estágio 2 (60=40,5%) e estava localizada predominantemente em região sacral, em ambos os grupos. A maioria das LPRDM estava localizada na região de orelhas, narina e lábios, predominantemente definida como membranas mucosas e estágio 2. Os dispositivos mais relacionados ao desenvolvimento de LP foram os respiratórios e de alimentação. Os fatores associados à LP, segundo análise de regressão logística, em pacientes críticos de forma geral, incluindo a Covid-19 como uma variável, foram dias de internação em UTI, idade superior a 80 anos e alto risco de LP pela escala de Braden. Para LPRDM, os fatores associados foram SAPS 3, sexo masculino, diagnóstico de Covid-19, uso de ventilação mecânica e oxigenação por membrana extracorpórea. Fatores associados à LP e LPRDM apresentaram diferenças ao comparar os grupos com e sem Covid-19. Conclusão: A prevalência de LP e LPRDM apresentou maiores taxas em pacientes com Covid-19. Os fatores associados ao desenvolvimento de LP nos pacientes com e sem Covid-19 diferenciaram entre si, sendo que para a amostra total as variáveis capazes de predizer o desenvolvimento de LP/LPRDM são corroboradas pela literatura. |