Avaliação dos efeitos da corrida de maratona nos marcadores de estresse oxidativo, inflamatórios e miocárdicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Dioguardi, Giuseppe Sebastiano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-15092011-103643/
Resumo: Fundamentos: Os efeitos benéficos do exercício físico regular, moderado, estão bem estabelecidos. De outra parte, os efeitos do exercício intenso, prolongado e exaustivo são controversos. Alguns efeitos indesejáveis podem ser o estresse oxidativo, a oxidação da LDL nativa e a resposta inflamatória de fase aguda. Objetivo: avaliar essas variáveis em maratonistas. Os efeitos agudos foram avaliados imediatamente e 72 h após a corrida e os efeitos crônicos foram avaliados na comparação com grupo controle. Casuística e métodos: população constituída por vinte e sete maratonistas, homens, 41+- 8 anos de idade, 74% brancos, sadios e 26 controles equiparáveis. Resultados: 1) Em condições basais (maratonistas x controles) no perfil oxidativo evidenciou-se: a) estado antioxidante total do plasma (TAS); 3,76+-0,34 versus 3,45+-0,32, mmol/L, p=0,002; b) peróxidos; 0,41+-0,15 versus 0,65+-0,42, p=0,011; c) LDLox; sem diferença significativa; d) anticorpos anti-Ldlox; não houve diferença significativa. No perfil imunoinflamatório observou-se: a) PCR us; 1,49+-1,11 versus 1,03+-1,39, mg/L, p=0,004; b) IL-15; 42,83+-109,47 versus 34,80+-128,57 pg/ml, p=0,021; c) TNF-alfa 8,07+-13 versus 33,98+-39,63 pg/ml. 2) Maratonistas, condições basais versus imediatamente após a prova: a) LDLox; 88,18+-22,05 versus 148,46+-74,76 U/L, p<0,001; b) Interleucinas: IL-6=30,08+-40,66 versus 113,61+-91,39, pg/ml, p<0,05, IL-8=38,36+-36,57 versus 85,02+-53,91,pg/ml,p<o,05, IL-10=21,08+-36,12 versus 141,82+-124,98,pg/ml,p<0,05, IL-15=42,83+-109,47 versus 169,60 +- 244,84 pg/ml,p<0,05, e TNF-alfa=8,07+-13 versus 32,65+- 42,24, pg/ml,p<0,05; c) leucócitos; 5,581+-1.122 versus 13.807+-5.393,mil/ml, p<0,05; d) Marcadores músculo-esqueléticos: mioglobina; 41+-31 versus 659+-344,ng/ml,p<0,05 ( > 1600%); CPK; 205+-121 versus 403+-134, p<0,05; DHL; 107+-28 versus 302+-44 U/L, p<0,05. e) Marcadores cardíacos: CKMB-Massa; 2,65+-2,43 versus 5,34+-3,01, troponina I; 0,023+-0,032 versus 0,045+-0,044,ng/ml,p<0,05. 3) Maratonistas, condições basais versus 72 h após a prova: a) TAS; 3,76+-0,34 versus 3,39+-0,92 U/L, p=0,05; b) anticorpos anti-LDLox; 439,23+-409,65 versus 225,10+-189,16,U/L, p<0,001; c) peróxidos=0,41+-0,15 versus 0,49+-0,11 U/L, p=0,03. No perfil inflamatório observou-se: a) PCR us 1,49+-1,11 versus 3,15+-2,22, mg/l,p<0,05; b) IL-8;38,36 +- 36,57 versus 45,28+-25,21 pg/ml, p <0,05. Marcadores músculo-esqueléticos a) CPK; 205,93+-121,47 versus 601,30+_567,80 U/L, p<0,001e b)DHL;197,44+-28,99 versus 267,30+-78,21 U/L, p<0,001. Enzimas cardíacas: a) CKMB-Massa;2,65+-2,43 versus 4,88+-5,60 ng/ml, p<0,05. O ecocardiograma mostrou cavidades esquerdas e massa do VE maiores em maratonistas que em controles. Adicionalmente foram submetidos a angiotomografia coronária 22 maratonistas e 20 controles. Em 5 (22,7%) dos maratonistas e em 3 (15%) dos controles, foram encontradas placas ateroscleróticas discretas. Conclusões: após corrida de maratona observa-se agudamente estresse oxidativo, aumento da LDLoxidada, resposta inflamatória de fase aguda e aumento da CKMB-massa. Estas alterações não foram observadas em condições basais.