Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Paula Ramos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-23092015-110341/
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Resumo: |
O exercício físico regular contribui para prevenção e redução da aterosclerose, em grande parte, por melhorar o perfil lipídico e o transporte reverso de colesterol (TRC). O TRC é um sistema antiaterogênico que promove a remoção do excesso de colesterol de macrófagos pelas apo A-I e HDL e seu transporte ao fígado, com eliminação de colesterol na bile e fezes. Em camundongos selvagens e transgênicos para proteína de transferência de colesterol esterificado (CETP-tg), o treinamento físico aumentou a transferência de colesterol radioativo de macrófagos para o plasma, fígado e fezes e o conteúdo dos receptores B-E e SR-BI no fígado. Em leucócitos, hepatócitos e enterócitos, o exercício físico aumentou a expressão do receptor de HDL, ABCA-1. Entretanto, não é claro se o exercício físico modula o fluxo de lípides em macrófagos, o que seria determinante para a primeira etapa do TRC. Assim sendo, avaliou-se, em camundongos selvagens e CETP-tg, o efeito do treinamento físico aeróbio sobre: 1) a expressão de genes envolvidos no fluxo de lípides, modulação da resposta inflamatória, vasodilatadora e antioxidante: Pparg (PPAR?), Nr1h3 (LXRalfa), Nr1h2 (LXRbeta), Abca1 (ABCA-1), Abcg1 (ABCG-1), Scarb1 (SR-BI), Cd36 (CD-36), Olr1 (LOX-1), Ccl2 (MCP-1), Tnf (TNFalfa), Il6 (IL-6), Il10 (IL10), Nos3 (eNOS) e Cat (Catalase) na parede arterial e em macrófagos peritoneais; 2) o efluxo de 14C-colesterol de macrófagos peritoneais para HDL2 e apo A-I e 3) a captação de 3H-colesteril oleoil éter-LDL (3H-COE-LDL) acetilada por macrófagos peritoneais. Camundongos machos com 12 semanas de idade, recebendo dieta padrão e água ad libitum, foram aleatoriamente divididos em grupo sedentário e treinado. O treinamento físico foi realizado em esteira, 15m/min, 30 min/dia, 5 vezes/semana, durante 6 semanas. Arco aórtico e macrófagos da cavidade peritoneal foram isolados dos animais sedentários e treinados, imediatamente (0 h) e após 48 h da última sessão de exercício. A expressão de genes foi avaliada por RT-PCR e o efluxo de colesterol, por meio da sobrecarga de macrófagos peritoneais com LDL acetilada e 14C-colesterol, seguindo-se incubação com apo A-I ou HDL2. A captação de LDL foi determinada pela incubação de macrófagos com 3H-COE-LDL acetilada. Não foram observadas alterações sistemáticas na expressão de genes envolvidos no fluxo de lípides em macrófagos e na aorta comparando-se animais sedentários e treinados, selvagens ou CETP-tg. De modo semelhante, não houve diferença no efluxo de colesterol celular e na captação de LDL. Em conclusão, não foram evidenciadas alterações em macrófagos peritoneais e na parede arterial frente ao treinamento físico aeróbio que possam contribuir para o TRC em modelo experimental de camundongos não dislipidêmicos, sem intervenção farmacológica ou alimentar. Sendo assim, o efeito do treinamento físico na melhora do transporte reverso de colesterol, observado em estudos anteriores, deve ser consequente à sua ação sistêmica sobre mediadores deste transporte e expressão de receptores no fígado e intestino |