Efeitos agudos do alongamentos dos músculos da caixa toráxica sobre a mobilidade diafragmática e a cinemática toracoabdominal de pacientes com DPOC durante o exercício: ensaio clínico randomizando

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: CARDIM, Adriane Borba
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18325
Resumo: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma desordem respiratória associada à disfunção muscular esquelética e ao desenvolvimento de hiperinsuflação pulmonar o que contribui para dispneia e redução da tolerância ao exercício. O alongamento dos músculos da caixa torácica e a vibração de corpo inteiro surgem como terapias alternativas para recuperar a função muscular e melhorar a capacidade funcional. Os objetivos desta dissertação foram: 1. Avaliar os efeitos agudos de um programa de alongamentos da musculatura da caixa torácica sobre a mobilidade diafragmática e a cinemática toracoabdominal de pacientes com DPOC durante o exercício; 2. Avaliar a qualidade da evidência da literatura dos efeitos da vibração de corpo inteiro (VCI) sobre a capacidade funcional de pacientes com DPOC. Foi realizado um ensaio clínico composto por 14 pacientes com DPOC, 6 hiperinsufladores severos (HS) e 8 não hiperinsufladores (NH). Os pacientes foram divididos em dois grupos: Alongamento (GA) e Controle (GC) e tiveram avaliadas a mobilidade diafragmática bem como o padrão ventilatório e os volumes da parede torácica antes da intervenção (GA ou GC) e após exercício de carga constante em bicicleta ergométrica. Os resultados mostraram aumentos no volume corrente abdominal (p<0,001), mobilidade diafragmática (p=0,030), além de maiores valores de saturação periférica de oxigênio (p=0,024) no GA em relação ao GC nos pacientes com HS; e redução da frequência respiratória (p=0,023), aumento do volume inspiratório final (p=0,004) e menor sensação de fadiga de membros inferiores (p=0,043) no GA em relação ao GC nos pacientes NH. A sessão de alongamentos não foi capaz de aumentar a tolerância ao exercício. Também foi desenvolvida uma revisão sistemática e metanálise que incluiu quatro artigos envolvendo 185 pacientes, todos os estudos mostraram aumento na distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos no grupo com VCI em relação ao controle (57,85 m; IC 95% 16,33-99,33). A qualidade da evidência foi moderada. Concluímos que o alongamento dos músculos da caixa torácica pode trazer benefícios agudos para os pacientes com DPOC, principalmente naqueles que apresentam hiperinsuflação dinâmica severa e que a vibração de corpo inteiro é capaz de melhorar a capacidade funcional de pacientes com DPOC.